Com La Niña, Paraná pode ter queda na produção de soja
Deve chover menos nas regiões oeste, norte e noroeste do estado
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 16h39.
Curitiba - O verão 2012 será marcado pelo fenômeno La Niña, com chuvas mal distribuídas no estado do Paraná . De acordo com dados do serviço de meteorologia do estado (Simepar), desde o início da primavera, tem sido observado um resfriamento das águas do oceano Pacífico. O que, segundo os meteorologistas, deve se intensificar ao longo do primeiro trimestre. Isso indica o desenvolvimento de um novo episódio de La Niña ao longo da estação.
Como consequência, deve chover menos nas regiões oeste, norte e noroeste do estado. Segundo o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura, Otmar Hubner, a escassez de chuva, principalmente na região oeste, onde se concentram as maiores lavouras de soja, é preocupante, pois pode provocar queda acentuada na produção da atual safra.
“Toda a soja está em situação crítica em relação à estiagem. Temos 40% em fase de floração, 50% entrando em floração e apenas 10% na frutificação. Em muitas áreas, não chove há 30 dias. Temos verdadeiros bolsões de estiagem”, disse Otmar à Agência Brasil, ao lembrar que o Paraná é o segundo produtor nacional de soja.
O produto ocupa 4,4 milhões de hectares de lavouras distribuídas em todo o estado. Apesar de a área ser expressiva, é ligeiramente menor (2%) que a da safra anterior, quando a soja ocupou 4,48 milhões de hectares. A produção deveria atingir 14,13 milhões de toneladas, o que já representa uma queda de 8% em relação ao resultado recorde da safra passada, de 15,31 milhões de toneladas.
Outra preocupação para a agricultura paranaense é em relação ao milho, cujo preço está compensador para o produtores. O milho da primeira safra aumentou a área ocupada em 21% este ano, passando de 776.684 hectares plantados com o grão na safra 2010/11 para 938 mil hectares na atual safra. O Paraná colhe duas safras de milho, que somadas dá ao estado a condição de maior produtor nacional desta cultura.
“A preocupação aqui é um pouco menor porque as lavouras se concentram mais no sul do estado. Mas, mesmo assim, o que está plantado em áreas de estiagem será prejudicado devido ao estágio em que se encontra. São 40% em floração, 35% em desenvolvimento vegetativo e 25% já estão na fase da frutificação, que é a menos crítica”, explicou Otmar.
A Secretaria da Agricultura deve divulgar um balanço da safra de verão no início de janeiro. Por enquanto, mesmo diante das adversidades climáticas, o desempenho, de acordo com Hubner, pode ser considerado bom. “Estamos confiantes que chova nos próximos dias, minimizando a situação.”
A última estimativa para a produção paranaense de grãos de verão na safra 2011/12 é colher 22,13 milhões de toneladas, mantendo a estabilidade em relação à safra passada do mesmo período (2010/2011).
Curitiba - O verão 2012 será marcado pelo fenômeno La Niña, com chuvas mal distribuídas no estado do Paraná . De acordo com dados do serviço de meteorologia do estado (Simepar), desde o início da primavera, tem sido observado um resfriamento das águas do oceano Pacífico. O que, segundo os meteorologistas, deve se intensificar ao longo do primeiro trimestre. Isso indica o desenvolvimento de um novo episódio de La Niña ao longo da estação.
Como consequência, deve chover menos nas regiões oeste, norte e noroeste do estado. Segundo o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura, Otmar Hubner, a escassez de chuva, principalmente na região oeste, onde se concentram as maiores lavouras de soja, é preocupante, pois pode provocar queda acentuada na produção da atual safra.
“Toda a soja está em situação crítica em relação à estiagem. Temos 40% em fase de floração, 50% entrando em floração e apenas 10% na frutificação. Em muitas áreas, não chove há 30 dias. Temos verdadeiros bolsões de estiagem”, disse Otmar à Agência Brasil, ao lembrar que o Paraná é o segundo produtor nacional de soja.
O produto ocupa 4,4 milhões de hectares de lavouras distribuídas em todo o estado. Apesar de a área ser expressiva, é ligeiramente menor (2%) que a da safra anterior, quando a soja ocupou 4,48 milhões de hectares. A produção deveria atingir 14,13 milhões de toneladas, o que já representa uma queda de 8% em relação ao resultado recorde da safra passada, de 15,31 milhões de toneladas.
Outra preocupação para a agricultura paranaense é em relação ao milho, cujo preço está compensador para o produtores. O milho da primeira safra aumentou a área ocupada em 21% este ano, passando de 776.684 hectares plantados com o grão na safra 2010/11 para 938 mil hectares na atual safra. O Paraná colhe duas safras de milho, que somadas dá ao estado a condição de maior produtor nacional desta cultura.
“A preocupação aqui é um pouco menor porque as lavouras se concentram mais no sul do estado. Mas, mesmo assim, o que está plantado em áreas de estiagem será prejudicado devido ao estágio em que se encontra. São 40% em floração, 35% em desenvolvimento vegetativo e 25% já estão na fase da frutificação, que é a menos crítica”, explicou Otmar.
A Secretaria da Agricultura deve divulgar um balanço da safra de verão no início de janeiro. Por enquanto, mesmo diante das adversidades climáticas, o desempenho, de acordo com Hubner, pode ser considerado bom. “Estamos confiantes que chova nos próximos dias, minimizando a situação.”
A última estimativa para a produção paranaense de grãos de verão na safra 2011/12 é colher 22,13 milhões de toneladas, mantendo a estabilidade em relação à safra passada do mesmo período (2010/2011).