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Com crise cambial, Maduro diz que nova nota foi emitida

Maduro surpreendeu o país assolado pela inflação no domingo, quando anunciou que está retirando de circulação a nota de 100 bolívares, a maior da nação

Homem conta notas de Bolívares: novas notas deveriam começar a circular na Venezuela na quinta-feira (Meridith Kohut/Bloomberg/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 16 de dezembro de 2016 às 10h05.

Caracas - O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, disse na quinta-feira que as novas notas de dinheiro que prometeu estão prontas, mas elas ainda não deram o ar da graça nas ruas - e os venezuelanos, portando envelopes, mochilas e até malas, continuam enfrentando longas filas para depositar suas notas de 100 bolívares antes de elas perderem valor.

Maduro surpreendeu o país assolado pela inflação no domingo, quando anunciou que está retirando de circulação a nota de 100 bolívares, a maior da nação, para combater as máfias colombianas que diz estarem armazenando bolívares para alimentar o contrabando e sabotar sua gestão esquerdista.

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As novas notas deveriam começar a circular na Venezuela na quinta-feira. Mas, em uma reviravolta surreal, os terminais eletrônicos continuaram a emitir notas de 100 bolívares, frustrando os cidadãos que correram para gastar ou depositar essas notas - que só valem 4 centavos de dólar norte-americano no mercado negro, em um cenário de desvalorização cambial aguda.

Maduro, ex-motorista de ônibus cuja popularidade despencou no mesmo ritmo da crise econômica, elogiou os venezuelanos por sua compreensão durante um discurso televisionado na noite de quinta-feira, e disse que as novas cédulas já estão sendo distribuídas e que estarão circulando plenamente em janeiro.

"Este é um grande esforço que estamos fazendo para lidar com muitos males e truques... estamos queimando as mãos da máfia", disse o líder exibindo as novas notas, entre elas uma de 20 mil bolívares de cor coral com a imagem do herói da libertação do século 19 Simón Bolívar.

Os economistas, porém, afirmam que a medida não faz sentido do ponto de vista econômico e não faz nada para tratar dos profundos desequilíbrios econômicos da nação e da impressão excessiva de dinheiro.

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