Economia

CMN: bancos deverão demonstrar pagamento com ações

Conselho quer que instituições financeiras façam como as empresas, que demonstram gastos realizados com papéis nos balanços

Decisão do CMN tem como objetivo aumentar transparência na contabilidade bancária (Stock.XCHNG/EXAME.com)

Decisão do CMN tem como objetivo aumentar transparência na contabilidade bancária (Stock.XCHNG/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2011 às 20h34.

Brasília - Assim como as empresas, as instituições financeiras também deverão demonstrar em seus balanços contábeis, de forma clara, os diversos pagamentos realizados por meio de ações. A mudança foi aprovada hoje pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e entra em vigor em 1º de janeiro de 2012. "Quando fizerem pagamento, até salarial, em ações, as instituições têm que deixar isso bem claro", explicou o chefe do Departamento de Normas do Banco Central (BC), Sérgio Odilon dos Anjos.

Antes, conforme Odilon, não havia critério que indicasse essa operação na contabilidade das instituições. "É para evidenciar quando esses pagamentos são feitos", justificou o chefe do departamento. Ele disse que a medida não visa a combater riscos, mas sim a tornar a contabilidade dos bancos mais transparente. A medida também permitirá ao regulador fazer comparações entre as instituições financeiras e aproxima as regras brasileiras de contabilidade aos padrões internacionalmente aceitos. "Tudo que aumenta a transparência aumenta controles e fiscalizações", disse Odilon.

A medida não será um incentivo ou "desincentivo" para fazer pagamento em ações, conforme o chefe do departamento do Banco Central. Os detalhes de apresentação das rubricas serão conhecidos por meio de uma carta circular da autoridade monetária. Além de executivos, as instituições podem pagar outros bens e serviços, como fornecedores e demais empregados, por exemplo, com ações sem qualquer empecilho.

As empresas de capital aberto já adotam esse padrão definido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). "As instituições podiam fazer de maneira diferente. Agora, terão de fazer todas dentro do mesmo padrão", afirmou Odilon.

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