Ciro diz que usará "mediação poderosa" para ajudar brasileiros com dívidas
Pedetista voltou a tratar de proposta, apresentada no debate da TV Band, de ajudar a tirar nome de 63 mi de brasileiros do Sistema de Proteção ao Crédito
Reuters
Publicado em 10 de agosto de 2018 às 18h24.
Última atualização em 10 de agosto de 2018 às 18h28.
São Paulo - O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes , disse nesta sexta-feira que, se eleito, usará a "mediação poderosa" do governo para descontar "desaforos", como juros e multas, da dívida dos brasileiros e que atuará para refinanciar o restante dos débitos.
Em entrevista a jornalistas após participar de evento da entidade Todos pela Educação, em São Paulo, o pedetista voltou a tratar de sua proposta, apresentada no debate da TV Band na véspera, de ajudar a tirar o nome de 63 milhões de brasileiros do Sistema de Proteção ao Crédito (SPC).
"Essa é a questão no Brasil. Quando é para rico é muito rápido, é muito simples. Quando é para pobre, todo mundo quer botar defeito", criticou.
"Trata-se de entender o volume da dívida, que humilha 63 milhões de pessoas, trata-se de descontar do volume dessa dívida, com uma mediação poderosa de um governo que sabe o que está fazendo, de descontar todos os desaforos --juros sobre juros, correção monetária, multas, etc, etc-- e refinanciar o que sobrar", explicou.
Indagado se a fórmula para limpar os nomes dos brasileiros com dívidas e nome sujo na praça seria detalhada no site de sua campanha ao Palácio do Planalto, Ciro rejeitou a ideia, e afirmou que quer transformar a proposta, que foi muito citada em redes sociais após o debate de quinta, em "um hit".
"Não, eu quero que esculhambe mais, quero que bote mais dúvida. Eu quero transformar isso num hit. E já estou conseguindo", comentou.
O presidenciável também voltou a rebater visões negativas sobre seu temperamento e disse ser "um doce de coco".
"Esse monstro que criaram ao meu redor, da minha imagem, não guarda a menor coerência com a minha vida. Eu sou um doce de coco, pode acreditar nisso", garantiu.
"A questão básica é o seguinte: é que eu não estou na luta política para alisar. Eu não faço parte da máfia."