Chipre finaliza medidas de controle de capitais
Governo quer evitar uma corrida aos bancos por parte de depositantes preocupados com suas poupanças
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2013 às 09h58.
Nicósia - O governo do Chipre está finalizando nesta quarta-feira medidas de controle de capital destinadas a evitar uma corrida aos bancos por parte de depositantes preocupados com suas poupanças, depois de o país aceitar um doloroso plano de resgate com credores internacionais.
Os cipriotas saíram aos milhares às ruas de Nicósia para protestar contra o acordo, temendo que as medidas agravem a crise econômica e o desemprego. Líderes europeus dizem que o acordo evitou uma caótica falência nacional que poderia levar à saída do país da zona do euro.
Os bancos devem reabrir na quinta-feira. "Acho que as medidas estarão dentro dos limites da razão", disse o ministro das Finanças cipriota, Michael Sarris, sem entrar em detalhes.
"Vamos procurar a melhor forma de limitar a possibilidade de que grandes quantias saiam, e sem impor condições punitivas à economia, às empresas e aos indivíduos", disse ele em entrevista à televisão.
O presidente do Banco Central disse mais cedo que controles "frouxos" serão aplicados temporariamente a todos os bancos. Antes, o ministro das Finanças afirmou que isso poderia durar semanas. Os bancos estão fechados desde meados do mês, quando o país começou a negociar o resgate.
A Rússia, cujos cidadãos têm bilhões de euros depositados em bancos cipriotas, alertou Nicósia conta a imposição de controles onerosos sobre bancos saudáveis.
"Se houver tais medidas, isso não irá fomentar a confiança, apenas provocar problemas adicionais para os participantes, para os depositantes", disse o ministro russo das Finanças, Anton Siluanov, a jornalistas na noite de terça-feira, na África do Sul, onde participa da cúpula dos Brics (grupo formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul).
O governo de Chipre fechou um acordo para receber 10 bilhões de euros da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu, mas suas condições causaram indignação entre os cipriotas.
Na terça-feira, cerca de 3.000 estudantes protestaram no Parlamento, na primeira grande demonstração de insatisfação popular desde a aprovação do pacote, na madrugada de segunda-feira. O acordo praticamente ignorou o Parlamento cipriota, e a oposição disse que seus termos deveriam ser levados a referendo.
Em frente ao Banco Central, cerca de 200 funcionários da principal instituição bancária comercial do país, o Banco do Chipre, exigiam a renúncia do presidente do BC, Panicos Demetriades. "Desgraça" e "Tirem as mãos do Chipre", gritavam eles.
Um representante do Banco do Chipre disse que seu presidente executivo, Yiannis Kypri, foi demitido pelo Banco Central. O banco está sob intervenção das autoridades e será reestruturado como parte do resgate.
Pelos termos do acordo, o segundo maior banco da ilha, o Banco Popular do Chipre, será fechado, e contas no valor inferior a 100 mil euros serão transferidas para o Banco do Chipre. Contas com valor acima disso, em ambos os bancos, serão congeladas.
Nicósia - O governo do Chipre está finalizando nesta quarta-feira medidas de controle de capital destinadas a evitar uma corrida aos bancos por parte de depositantes preocupados com suas poupanças, depois de o país aceitar um doloroso plano de resgate com credores internacionais.
Os cipriotas saíram aos milhares às ruas de Nicósia para protestar contra o acordo, temendo que as medidas agravem a crise econômica e o desemprego. Líderes europeus dizem que o acordo evitou uma caótica falência nacional que poderia levar à saída do país da zona do euro.
Os bancos devem reabrir na quinta-feira. "Acho que as medidas estarão dentro dos limites da razão", disse o ministro das Finanças cipriota, Michael Sarris, sem entrar em detalhes.
"Vamos procurar a melhor forma de limitar a possibilidade de que grandes quantias saiam, e sem impor condições punitivas à economia, às empresas e aos indivíduos", disse ele em entrevista à televisão.
O presidente do Banco Central disse mais cedo que controles "frouxos" serão aplicados temporariamente a todos os bancos. Antes, o ministro das Finanças afirmou que isso poderia durar semanas. Os bancos estão fechados desde meados do mês, quando o país começou a negociar o resgate.
A Rússia, cujos cidadãos têm bilhões de euros depositados em bancos cipriotas, alertou Nicósia conta a imposição de controles onerosos sobre bancos saudáveis.
"Se houver tais medidas, isso não irá fomentar a confiança, apenas provocar problemas adicionais para os participantes, para os depositantes", disse o ministro russo das Finanças, Anton Siluanov, a jornalistas na noite de terça-feira, na África do Sul, onde participa da cúpula dos Brics (grupo formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul).
O governo de Chipre fechou um acordo para receber 10 bilhões de euros da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu, mas suas condições causaram indignação entre os cipriotas.
Na terça-feira, cerca de 3.000 estudantes protestaram no Parlamento, na primeira grande demonstração de insatisfação popular desde a aprovação do pacote, na madrugada de segunda-feira. O acordo praticamente ignorou o Parlamento cipriota, e a oposição disse que seus termos deveriam ser levados a referendo.
Em frente ao Banco Central, cerca de 200 funcionários da principal instituição bancária comercial do país, o Banco do Chipre, exigiam a renúncia do presidente do BC, Panicos Demetriades. "Desgraça" e "Tirem as mãos do Chipre", gritavam eles.
Um representante do Banco do Chipre disse que seu presidente executivo, Yiannis Kypri, foi demitido pelo Banco Central. O banco está sob intervenção das autoridades e será reestruturado como parte do resgate.
Pelos termos do acordo, o segundo maior banco da ilha, o Banco Popular do Chipre, será fechado, e contas no valor inferior a 100 mil euros serão transferidas para o Banco do Chipre. Contas com valor acima disso, em ambos os bancos, serão congeladas.