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China diz que comércio exterior ainda sofre, mas começa a se recuperar

Epidemia de Coronavírus fez com que economia chinesa tivesse forte desaceleração, com redução na produção em diversos setores, e queda de importações

Porto chinês: economistas preveem um drástica queda no comércio exterior da China no trimestre inicial do ano (dowell/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de março de 2020 às 08h54.

Última atualização em 5 de março de 2020 às 10h33.

São Paulo — As exportações e importações da China enfrentam uma grave situação neste primeiro trimestre devido a transtornos causados pela epidemia de coronavírus , afirmou nesta quinta-feira Li Xingqian, chefe do Departamento de Comércio Exterior do Ministério de Comércio chinês, em coletiva de imprensa semanal.

Economistas preveem um drástica queda no comércio exterior da China no trimestre inicial do ano, uma vez que medidas tomadas pelo governo chinês para conter a disseminação do vírus levaram ao fechamento das fábricas locais por várias semanas. As empresas e produção começaram a ser retomadas no fim de fevereiro, à medida que Pequim foi afrouxando as restrições.

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Todos os exportadores da província de Tianjin retomaram as atividades, enquanto a volta ao trabalho nas províncias de Guangdong, Jiangsu e Shandong, assim como nas cidades de Xangai e Chongqing, chega a 70%, segundo Li.

Com a gradual retomada das operações, as exportações e importações da China já dão sinais de recuperação, ressaltou Li, acrescentando que o governo vai agir para tentar amenizar o impacto do coronavírus no comércio com grandes parceiros, como Japão e Coreia do Sul.

Vendas ao consumidor estão se estabilizando

As vendas no mercado consumidor da China se estabilizaram no final de fevereiro, quando as pessoas voltaram ao trabalho depois que os esforços para conter o surto foram bem-sucedidos em alguns lugares, afirmou Wang Bin, outra autoridade do Ministério do Comércio, na mesma entrevista.

Na quarta-feira, uma agência das Nações Unidas disse que as exportações chinesas de peças e componentes vitais para produtos que variam de automóveis a telefones celulares devem diminuir 2% em taxa anualizada em fevereiro, custando 50 bilhões de dólares a suas indústrias e outros países.

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