Economia

China avalia injeção de US$ 137 bi para ajudar setor imobiliário

Plano é parte de uma nova iniciativa do vice-primeiro-ministro He Lifeng, que representaria um grande avanço nos esforços para combater a maior recessão imobiliária em décadas

China: injeção líquida de 1 trilhão de yuans faria o total de empréstimos suplementares do banco central ultrapassar o recorde anterior de 2019 (AFP/AFP)

China: injeção líquida de 1 trilhão de yuans faria o total de empréstimos suplementares do banco central ultrapassar o recorde anterior de 2019 (AFP/AFP)

Bloomberg
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Agência de notícias

Publicado em 14 de novembro de 2023 às 10h00.

A China pretende fornecer pelo menos 1 trilhão de yuans (US$ 137 bilhões) de financiamento de baixo custo para projetos de urbanização e programas de moradia popular, o mais recente esforço do governo para impulsionar o mercado imobiliário, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

O Banco Popular da China injetaria os fundos em etapas através de bancos públicos, e o destino final dos recursos seria o financiamento imobiliário para famílias, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas.

Plano

O plano, parte de uma nova iniciativa do vice-primeiro-ministro He Lifeng, representaria um grande avanço nos esforços do governo para combater a maior recessão imobiliária em décadas, que pesa sobre o crescimento econômico e a confiança dos consumidores.

Uma injeção líquida de 1 trilhão de yuans faria o total de empréstimos suplementares do banco central ultrapassar o recorde anterior de 2019. O valor final dos novos recursos ainda pode ser alterado, disseram as pessoas.

A autoridade monetária chinesa não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O programa de financiamento suplementar do BC chinês permite oferecer recursos de baixo custo através de credores públicos e outros bancos às incorporadoras de projetos de reurbanização de bairros pobres. As incorporadoras utilizam os fundos para comprar terrenos de governos locais, que por sua vez concedem subsídios em dinheiro às famílias despejadas para que possam comprar apartamentos recém-construídos ou existentes.

“Isto não visa estimular o crescimento, mas sim proporcionar um desenvolvimento mais equilibrado a longo prazo”, disse Bruce Pang, economista-chefe para China da Jones Lang LaSalle. Ele estima que os investimentos privados que virão na esteira dos fundos públicos chegarão a 10 trilhões de yuans.

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