Economia

China alerta que EUA podem sofrer consequências por "ações erradas"

A resposta veio após o presidente americano, Donald Trump, anunciar aumento de tarifas sobre a importação de produtos chineses ontem à noite

Trump e Xi Jinping: O Ministério do Comércio afirmou ainda que as atitudes dos EUA prejudicam o comércio mundial (Damir Sagolji/Reuters)

Trump e Xi Jinping: O Ministério do Comércio afirmou ainda que as atitudes dos EUA prejudicam o comércio mundial (Damir Sagolji/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 24 de agosto de 2019 às 12h43.

Xangai — O Ministério do Comércio da China alertou os Estados Unidos neste sábado (24) a não "subestimarem a determinação do povo chinês" e a "interromper imediatamente sua abordagem errada", caso contrário, "sofrerão todas as consequências".

A resposta veio após o presidente americano, Donald Trump, anunciar aumento de tarifas sobre a importação de produtos chineses ontem à noite

"A China exorta veementemente os Estados Unidos a não subestimar a determinação do povo chinês e a interromper imediatamente a abordagem errada, caso contrário, sofrerão todas as consequências", disse o ministério chinês em nota publicada em seu site.

O Ministério do Comércio afirmou ainda que as atitudes dos EUA prejudicam o comércio mundial e que os EUA "certamente sofrerão com isso". 

"Este protecionismo comercial unilateral e intimidador e pressões extremas violam o consenso dos chefes de estado da China e dos Estados Unidos, violam o princípio do respeito mútuo igualdade e benefício mútuo, comprometem seriamente o sistema multilateral de comércio e a ordem normal de comércio internacional, e certamente irá sofrer com isso", afirmou o Ministério.

Ontem, no final da tarde, Trump afirmou que elevará de 25% para 30% as tarifas sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses a partir de 1º de outubro.

Além disso, os US$ 300 bilhões restantes em produtos da China, que seriam tarifados em 10% a partir de 1º de setembro, sofrerão agora tarifa maior, de 15%. 

O movimento de Trump foi uma resposta à China, que havia implementado horas antes tarifas extras sobre US$ 75 bilhões em produtos importados dos Estados Unidos, especialmente carne bovina e soja.

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