Economia

Chile aumenta impostos a empresas para financiar educação

Presidente do país quer arrecadar de US$ 700 milhões a US$ 1 bilhão por ano

Estudante fantasiado de "Coringa", do Batman, durante protesto contra governo Piñera em Santiago no dia 25 (Martin Bernetti/AFP)

Estudante fantasiado de "Coringa", do Batman, durante protesto contra governo Piñera em Santiago no dia 25 (Martin Bernetti/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2012 às 23h19.

Santiago - O presidente chileno, Sebastián Piñera, anunciou nesta quinta-feira uma reforma tributária, que inclui aumento de impostos a empresas e uma redução do imposto de renda das pessoas físicas, para arrecadar de 700 milhões a 1 bilhão de dólares por ano que serão destinados integralmente à educação.

"Esta reforma (da educação) requer uma reforma tributária, que nos permita financiá-la de forma séria, responsável e sustentável", disse Piñera ao anunciar o ajuste em uma mensagem ao país.

"Cem por cento dos recursos arrecadados por esta reforma tributária serão destinados ao financiamento da reforma educacional", completou o presidente.

A reforma, que será apresentada ao Congresso na próxima segunda-feira, pretende aumentar a arrecadação fiscal entre "700 milhões e 1 bilhão de dólares ao ano", explicou Piñera.

O pilar da reforma é uma alta do imposto para as empresas, de 17% para 20%.

Esse imposto já tinha sido ampliado temporariamente para 20% após o terremoto de fevereiro de 2010 e devia voltar a 17% em 2013. Hoje está fixado em 18,5%.

A reforma inclui também uma redução do imposto de renda, com quedas que ficarão entre 10% e 15%, rebaixando os grupos de menor renda.

As mudanças foram inicialmente qualificadas de "insuficientes" pela oposição, que tem maioria no Senado.

Os recursos buscam financiar uma reforma educacional em curso, considerada também insuficiente pelos estudantes, que exigem desde o ano passado educação pública gratuita e de qualidade, em um país que conta com um dos sistemas educacionais mais desiguais do planeta.

Os protestos estudantis afetaram a imagem de Piñera, cuja popularidade caiu para 29%.

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