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Cepal se reúne amanhã por sustentabilidade e igualdade

A Cepal apresentará a proposta "Mudança Estrutural para a Igualdade", que propõe um "Estado distinto" que tome "um caminho concreto para o crescimento de longo prazo"

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2012 às 16h00.

San Salvador - A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) iniciará nesta terça-feira, em El Salvador, uma reunião para discutir medidas de estímulo coletivo ao desenvolvimento econômico local, com crescimento do emprego, igualdade e sustentabilidade .

Delegados de 44 países-membros e oito associados participarão até sexta-feira do 34º encontro do grupo, realizado em periodicidade bienal, e cuja abertura será feita pela secretária executiva do Cepal, a mexicana Alicia Bárcena, e pelo presidente salvadorenho, Mauricio Funes.

Na reunião - o encontro mais importante do organismo das Nações Unidas -, a Cepal apresentará a proposta "Mudança Estrutural para a Igualdade", que propõe um "Estado distinto" que tome "um caminho concreto para o crescimento de longo prazo".

A reunião aponta para a definição de "um Estado que adote políticas industriais orientadas a dotar de maiores capacidades e competitividade as atividades com potencial de especialização e incorporação de progresso técnico e que diversifique a estrutura produtiva com setores de alta produtividade e maior eficiência ambiental", disse Bárcena em um comunicado.

A região requer "uma institucionalidade robusta, eficiente, capaz de regular, orientar, selecionar e inclusive financiar grande parte" dos projetos de desenvolvimento, segundo o documento que servirá de base para as sessões.

Nesse sentido, diz, o papel do Estado será crucial em "concertar" os diversos setores para capturar "pactos sociais que garantam vontade e sustentabilidade" na nova visão de desenvolvimento.

As economias em desenvolvimento, segundo o relatório, caracterizam-se por apresentar uma "forte heterogeneidade", com uma parte significativa da força de trabalho em condições de "informalidade ou em atividades de subsistência".

Até agora, adverte a Cepal, "nenhum país da América Latina e Caribe conseguiu no longo prazo a combinação virtuosa entre um elevado crescimento do emprego e da produtividade, condições necessárias para superar a pobreza e a desigualdade".


Após resistir aos embates da volatilidade mundial, a América Latina pôde fechar 2012 com um crescimento econômico médio de 3,7%, segundo organismo.

Para a Cepal, a região tem tido dificuldade em retomar a trajetória de crescimento depois da crise da dívida sofrida no início dos anos 80 do século passado.

As positivas taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) alcançadas entre 2003 e 2010, de 3,8% em média regional, não conseguiram equiparar-se as dos anos 70, de 5,7%.

Segundo a Cepal, remontar "às travas" que impedem a região dar um salto para o desenvolvimento com a igualdade e sustentabilidade ambiental passa por diversificar as economias com políticas industriais, macroeconômicas, sociais e trabalhistas ativas.

Enquanto que as maiores rentabilidades estão associadas a atividades com menor intensidade de conhecimento, como a extração de recursos naturais, a estrutura produtiva continuará "bloqueada", e por isso necessitamos de maneira urgente de políticas estatais que "premiem" a inovação, estimou a Cepal em sua proposta.

A "chave mestra" para alcançar esse desenvolvimento, disse, está na realização de transformações "qualitativas" na estrutura produtiva da região, que impulsiona a "sustentabilidade ambiental", "atividades intensivas em conhecimento e de rápido crescimento da demanda", para "gerar mais e melhores empregos".

De acordo com a Cepal, a proposta dará continuidade à lançada no encontro de 2010, em Brasília, quando foram analisadas as perspectivas da economia regional após o estouro da crise financeira internacional.

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San Salvador - A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) iniciará nesta terça-feira, em El Salvador, uma reunião para discutir medidas de estímulo coletivo ao desenvolvimento econômico local, com crescimento do emprego, igualdade e sustentabilidade .

Delegados de 44 países-membros e oito associados participarão até sexta-feira do 34º encontro do grupo, realizado em periodicidade bienal, e cuja abertura será feita pela secretária executiva do Cepal, a mexicana Alicia Bárcena, e pelo presidente salvadorenho, Mauricio Funes.

Na reunião - o encontro mais importante do organismo das Nações Unidas -, a Cepal apresentará a proposta "Mudança Estrutural para a Igualdade", que propõe um "Estado distinto" que tome "um caminho concreto para o crescimento de longo prazo".

A reunião aponta para a definição de "um Estado que adote políticas industriais orientadas a dotar de maiores capacidades e competitividade as atividades com potencial de especialização e incorporação de progresso técnico e que diversifique a estrutura produtiva com setores de alta produtividade e maior eficiência ambiental", disse Bárcena em um comunicado.

A região requer "uma institucionalidade robusta, eficiente, capaz de regular, orientar, selecionar e inclusive financiar grande parte" dos projetos de desenvolvimento, segundo o documento que servirá de base para as sessões.

Nesse sentido, diz, o papel do Estado será crucial em "concertar" os diversos setores para capturar "pactos sociais que garantam vontade e sustentabilidade" na nova visão de desenvolvimento.

As economias em desenvolvimento, segundo o relatório, caracterizam-se por apresentar uma "forte heterogeneidade", com uma parte significativa da força de trabalho em condições de "informalidade ou em atividades de subsistência".

Até agora, adverte a Cepal, "nenhum país da América Latina e Caribe conseguiu no longo prazo a combinação virtuosa entre um elevado crescimento do emprego e da produtividade, condições necessárias para superar a pobreza e a desigualdade".


Após resistir aos embates da volatilidade mundial, a América Latina pôde fechar 2012 com um crescimento econômico médio de 3,7%, segundo organismo.

Para a Cepal, a região tem tido dificuldade em retomar a trajetória de crescimento depois da crise da dívida sofrida no início dos anos 80 do século passado.

As positivas taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) alcançadas entre 2003 e 2010, de 3,8% em média regional, não conseguiram equiparar-se as dos anos 70, de 5,7%.

Segundo a Cepal, remontar "às travas" que impedem a região dar um salto para o desenvolvimento com a igualdade e sustentabilidade ambiental passa por diversificar as economias com políticas industriais, macroeconômicas, sociais e trabalhistas ativas.

Enquanto que as maiores rentabilidades estão associadas a atividades com menor intensidade de conhecimento, como a extração de recursos naturais, a estrutura produtiva continuará "bloqueada", e por isso necessitamos de maneira urgente de políticas estatais que "premiem" a inovação, estimou a Cepal em sua proposta.

A "chave mestra" para alcançar esse desenvolvimento, disse, está na realização de transformações "qualitativas" na estrutura produtiva da região, que impulsiona a "sustentabilidade ambiental", "atividades intensivas em conhecimento e de rápido crescimento da demanda", para "gerar mais e melhores empregos".

De acordo com a Cepal, a proposta dará continuidade à lançada no encontro de 2010, em Brasília, quando foram analisadas as perspectivas da economia regional após o estouro da crise financeira internacional.

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