Economia

Cepal: Mercosul pode desenvolver competitividade da região

Para secretária executiva da Cepal, Mercosul pode diminiuir as desigualdades da região e promover uma inserção internacional mais competitiva

Secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena: "nossa região é a mais desigual do mundo. Chegou a hora de resolver este problema"   (World Economic Forum/Wikimedia Commons)

Secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena: "nossa região é a mais desigual do mundo. Chegou a hora de resolver este problema" (World Economic Forum/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2010 às 13h09.

San Juan - A secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Alicia Bárcena, destacou hoje em, em declarações à Agência Efe, que o Mercosul "permite que a região tenha uma inserção internacional muito mais competitiva".

Bárcena participou como convidada na Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, realizada na cidade argentina de San Juan, para entregar aos presidentes um documento que propõe políticas públicas que promovam a igualdade social na região.

A titular da Cepal entregou um relatório elaborado pelo organismo que pede aos países da América Latina que reflitam sobre o modelo de desenvolvimento adotado por cada um.

"Nossa região é a mais desigual do mundo. Chegou a hora de resolver este problema. Para nós, a base para a igualdade é a geração de emprego com proteção social, e a única forma de consegui-lo é por meio da produtividade", declarou.

Em sua opinião, conseguir a igualdade e uma maior convergência produtiva é o principal desafio regional, bem como a abertura a "novos paradigmas tecnológicos que estão se apresentando no mundo, como o da sustentabilidade ambiental".

"Essa é uma das regiões mais ricas do mundo em recursos naturais. Talvez o maior desafio seja agregar valor ao que se produz, criar riqueza para o futuro", acrescentou.

Neste sentido, Bárcena avaliou como "muito importante" o papel que exerce o Mercosul. Para ela, o bloco - formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - consegue "avanços essenciais" para a região.

"Na Cepal, acreditamos muito no regionalismo aberto, quando países se abrem ao mundo com base em uma inserção a partir de maior cooperação regional", concluiu.

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