Colheita de Algodão: alta das commodities pode aumentar o valor de produção ainda mais (Fernando Weberich/Divulgacao)
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2011 às 12h11.
Brasília - A Região Centro-Oeste deve apresentar o maior crescimento do Valor Bruto da Produção (VBP) agrícola em 2011, de acordo com estudo do Ministério da Agricultura divulgado hoje (15). O VBP da região, estimado pela pesquisa, deve chegar a R$ 48,7 bilhões, um aumento de 34,5% em relação ao ano passado. Para o Brasil, o crescimento deve ser de 4,6%, atingindo R$ 184,2 bilhões, valor recorde.
Com a guinada dos preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional) agrícolas, alterações na projeção de crescimento podem ocorrer nos próximos levantamentos. “O número pode ser ainda maior nas avaliações dos próximos meses, já que os preços usados no cálculo da pesquisa ainda são os de novembro de 2010”, informou, por meio de nota, o coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura e responsável pelo estudo, José Garcia Gasques.
Além do Centro-Oeste, apenas a Região Nordeste deve apresentar crescimento expressivo de 14,9%. Entre os estados, se destaca Mato Grosso, com aumento de 55,4% no VBP. Somente na cultura de algodão, o estado terá crescimento de 133% em relação à safra passada. “Os preços estão bons para o produtor e a safra será a melhor da história, no caso do algodão. E, como o estado é o maior produtor da pluma no país, acabou sendo beneficiado”, explicou Gasques. O VBP estimado para Mato Grosso é de R$ 31,6 bilhões.
O Valor Bruto da Produção foi elaborado em 1997 pela Assessoria de Gestão Estratégica e é calculado com base na produção e nos preços de mercado das 20 maiores lavouras do Brasil: soja, cana-de-açúcar, uva, amendoim, milho, café, arroz, algodão, banana, batata-inglesa, cebola, feijão, fumo, mandioca, pimenta-do-reino, trigo, tomate, cacau, laranja e mamona. Os melhores desempenhos em relação ao crescimento do VBP para este ano são esperados para uva (53,9%), algodão (46%), feijão (34,4%), laranja (12%) e mandioca (11,8%).