Economia

Cecafé vê aumento nas exportações do Brasil em 2014

Exportações deverão atingir 33 milhões de sacas de 60 kg em 2014, ante 31,1 milhões de sacas no ano passado

Café: em fevereiro, as exportações de café verde do Brasil somaram 2,5 milhões de sacas, contra 1,97 milhão de sacas embarcadas no mesmo período do ano passado (Café)

Café: em fevereiro, as exportações de café verde do Brasil somaram 2,5 milhões de sacas, contra 1,97 milhão de sacas embarcadas no mesmo período do ano passado (Café)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2014 às 12h59.

São Paulo - As exportações brasileiras de café deverão subir 6 por cento este ano com a ajuda de estoques abundantes que vão compensar uma seca severa que elevou os preços da commodity nas últimas semanas, disse nesta terça-feira o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

As exportações deverão atingir 33 milhões de sacas de 60 kg em 2014, ante 31,1 milhões de sacas no ano passado, disse à Reuters o diretor-geral do Cecafé, Guilherme Braga.

"Em 31 de março do ano passado, o governo publicou os números nacionais de estoques, que haviam subido para 14 milhões de sacas. Um ano antes, os estoques estavam em 8 milhões de sacas", disse.

Em fevereiro, as exportações de café verde do Brasil somaram 2,5 milhões de sacas, contra 1,97 milhão de sacas embarcadas no mesmo período do ano passado, alta de 27,5 por cento, informou o Cecafé na segunda-feira.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do governo federal, deve divulgar no fim do mês seu levantamento sobre os estoques de passagem mantidos por exportadores, indústrias, cooperativas e produtores.

O Brasil colheu uma ampla safra de 49,2 milhões de sacas no ano passado, segundo a Conab, embora agentes do mercado tenham estimado a colheita entre 53 milhões e 60 milhões de sacas. No ano anterior, a colheita foi de um volume semelhante.

Uma forte alta nas exportações de café robusta em fevereiro, para 143 mil sacas, deverá ser insustentável ao longo do ano, disse Braga, avaliando que os preços domésticos deverão tornar este café pouco competitivo frente o produzido no Vietnã.

O executivo disse que ainda é cedo para prever a nova safra, que começa a ser colhida em maio.

Uma seca muito forte em janeiro e fevereiro reduziu o potencial da colheita total do país em quase 11 por cento, segundo uma pesquisa da Reuters com analistas, agentes de mercado e produtores.


A Conab estimou, em janeiro, a nova safra em 48,3 milhões de sacas, sem computar as perdas com a seca.

Com a alta recente nos preços internacionais, os produtores não deverão exercer suas opções de venda de 3 milhões de sacas para o governo, uma possibilidade prevista nos contratos de opção ofertados no final do ano passado, numa tentativa das autoridades de sustentar os preços, que eram baixos naquela época.

Ao contrário, os produtores irão vender este café arábica no mercado livre, obtendo preços acima dos estabelecidos na opção do governo.

"Estes 3 milhões de sacas irão manter as exportações firmes em junho e julho, enquanto a nova safra ainda estiver sendo preparada. Os carregamentos também costumam ser fortes no meses de outubro e novembro, com o tempo mais frio no Hemisfério Norte", acrescentou o executivo.

Acompanhe tudo sobre:CaféComércio exteriorCommoditiesExportações

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação