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Carne e tomate lideram altas na cesta básica, diz Dieese

De acordo com o Dieese, a elevação do valor da carne pode ser explicada pelo período de entressafra

Placa com preço do tomate em feira livre no bairro da Mooca: aumento do tomate em 14 capitais é atribuído às chuvas que prejudicaram a colheita (Nacho Doce / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 12h39.

São Paulo - Entre os produtos alimentícios essenciais apurados para a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ( Dieese ), aqueles que tiveram alta na maior parte das capitais em novembro foram carne bovina (aumento em 15 capitais, das 18 pesquisadas), tomate (14), pão francês (13), açúcar (10) e manteiga (10).

De acordo com o Dieese, a elevação do valor da carne pode ser explicada pelo período de entressafra, que ocorre desde setembro. Além disso, houve ampliação do montante exportado, "o que manteve o patamar de preços alto no mercado interno". A carne é o produto de maior peso na cesta e apresentou acréscimo entre 0,51% em Salvador e 6,35% em Vitória. Somente três capitais tiveram retração: Belém (-0,56%), Aracaju (-0,51%) e Fortaleza (-0,12%).

O aumento do tomate em 14 capitais é atribuído às chuvas que prejudicaram a colheita das lavouras de inverno e provocaram a valorização dos frutos de melhor qualidade. O preço do tomate subiu de forma expressiva em Natal (56,33%), Fortaleza (53,69%), Belo Horizonte (25,26%), Salvador (23,57%), João Pessoa (18,93%) e Manaus (10,15%).

A elevação do pão francês ocorreu em 13 das 18 capitais pesquisadas e oscilou entre 0,14% em Manaus e 3,81% em Porto Alegre. Conforme o Dieese, o valor do pão continua acompanhando o aumento do trigo, causado pelas chuvas nas lavouras brasileiras e pelo alto valor do insumo importado.

No caso do açúcar, houve aumento em 10 cidades, estabilidade em Goiânia e redução em sete capitais. As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (7,23%), Vitória (5,00%), Campo Grande (4,90%), Belo Horizonte (4,00%) e Rio de Janeiro (3,41%). A elevação se deve em parte à procura do açúcar de boa qualidade e à postura das usinas brasileiras em manter o valor em um patamar alto.

A manteiga, por sua vez, mostrou acréscimo em 10 das 18 cidades pesquisadas. Em Manaus e Campo Grande, as variações foram superiores a 6%. Segundo o Dieese, houve crescimento do preço em muitos dos derivados do leite, impulsionados pela alta do produto nos meses anteriores.

Destaques de queda

Após um período de alta, o preço do leite decresceu em 14 cidades em novembro, com variações negativas entre 4,02% no Rio de Janeiro e 0,34% em Manaus. A ampliação da oferta em quase todas as regiões e a redução da demanda por leite resultaram na diminuição do preço do item no varejo.

Prato típico do brasileiro, o feijão foi destaque de queda pelo segundo mês consecutivo. Houve redução do valor do produto em 14 localidades, entre elas Goiânia (-16,72%), Campo Grande (-13,12%), Manaus (-8,78%) e Belo Horizonte (-8,20%). Como no mês anterior, a terceira safra de feijão abastece o mercado e garante a redução dos preços.

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De acordo com o Dieese, a elevação do valor da carne pode ser explicada pelo período de entressafra, que ocorre desde setembro. Além disso, houve ampliação do montante exportado, "o que manteve o patamar de preços alto no mercado interno". A carne é o produto de maior peso na cesta e apresentou acréscimo entre 0,51% em Salvador e 6,35% em Vitória. Somente três capitais tiveram retração: Belém (-0,56%), Aracaju (-0,51%) e Fortaleza (-0,12%).

O aumento do tomate em 14 capitais é atribuído às chuvas que prejudicaram a colheita das lavouras de inverno e provocaram a valorização dos frutos de melhor qualidade. O preço do tomate subiu de forma expressiva em Natal (56,33%), Fortaleza (53,69%), Belo Horizonte (25,26%), Salvador (23,57%), João Pessoa (18,93%) e Manaus (10,15%).

A elevação do pão francês ocorreu em 13 das 18 capitais pesquisadas e oscilou entre 0,14% em Manaus e 3,81% em Porto Alegre. Conforme o Dieese, o valor do pão continua acompanhando o aumento do trigo, causado pelas chuvas nas lavouras brasileiras e pelo alto valor do insumo importado.

No caso do açúcar, houve aumento em 10 cidades, estabilidade em Goiânia e redução em sete capitais. As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (7,23%), Vitória (5,00%), Campo Grande (4,90%), Belo Horizonte (4,00%) e Rio de Janeiro (3,41%). A elevação se deve em parte à procura do açúcar de boa qualidade e à postura das usinas brasileiras em manter o valor em um patamar alto.

A manteiga, por sua vez, mostrou acréscimo em 10 das 18 cidades pesquisadas. Em Manaus e Campo Grande, as variações foram superiores a 6%. Segundo o Dieese, houve crescimento do preço em muitos dos derivados do leite, impulsionados pela alta do produto nos meses anteriores.

Destaques de queda

Após um período de alta, o preço do leite decresceu em 14 cidades em novembro, com variações negativas entre 4,02% no Rio de Janeiro e 0,34% em Manaus. A ampliação da oferta em quase todas as regiões e a redução da demanda por leite resultaram na diminuição do preço do item no varejo.

Prato típico do brasileiro, o feijão foi destaque de queda pelo segundo mês consecutivo. Houve redução do valor do produto em 14 localidades, entre elas Goiânia (-16,72%), Campo Grande (-13,12%), Manaus (-8,78%) e Belo Horizonte (-8,20%). Como no mês anterior, a terceira safra de feijão abastece o mercado e garante a redução dos preços.

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