Campos Neto diz que BC não pensa em criar forward guidance agora
Em agosto de 2020, quando a Selic chegou ao piso de 2,0%, o Copom enfatizou que não subiria os juros até que determinadas condições fossem atingidas
Agência de notícias
Publicado em 30 de março de 2023 às 16h02.
Última atualização em 30 de março de 2023 às 16h31.
Diante das críticas diárias do governo ao nível da Selic, o presidente do Banco Central , Roberto Campos Neto, respondeu nesta quinta-feira, 30, que o Comitê de Política Monetária ( Copom ) não pensou em colocar novamente um forward guidance ⏤como quando a Selic chegou a 2,0% ao ano⏤para explicitar as condições necessárias para a redução da taxa básica de juro.
Em agosto de 2020, quando a Selic chegou ao piso de 2,0%, o Copom enfatizou que não subiria os juros até que determinadas condições fossem atingidas.
- Empréstimo consignado do INSS: teto dos juros será de 1,97%, decide conselho
- Reunião sobre o consignado dos aposentados termina novamente sem acordo
- Banco do Brasil voltará a operar consignado do INSS 'imediatamente'
- Bradesco e Caixa anunciam retomada do consignado após elevação no teto
- Tebet diz acreditar que arcabouço pode ser anunciado ainda nesta semana
- Pacheco diz que sentiu "compromisso" de líderes partidários com equilíbrio fiscal
Forward guidance
"Não pensamos em colocar um forward guidance agora. Em 2020, havia preocupações com a estabilidade financeira e entendíamos que havia um ganho em dizer que a taxa ficaria mais baixa por mais tempo, já que o meio da curva estava mais alto", respondeu o presidente do BC.
Campos Neto defendeu a decisão do Copom, que manteve a Selic em 13,75% ao ano pela quinta reunião seguida. "Mostramos que nossa decisão é supertécnica, com uma equipe muito grande, olhando variáveis diferentes. Olhamos a inflação corrente, o hiato do produto e a expectativa de inflação à frente", completou.