Economia

Camponeses cubanos assinam primeiros contratos para venda direta a hotéis

Prática autorizada no final do ano passado abre uma brecha no monopólio estatal da comercialização agropecuária

Os camponeses estão vendendo frutas e hortaliças como goiabas, abacaxis, alfaces e tomates, entre outros produtos (Getty Images)

Os camponeses estão vendendo frutas e hortaliças como goiabas, abacaxis, alfaces e tomates, entre outros produtos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2012 às 15h30.

Havana - Camponeses e hotéis cubanos começaram a recorrer à nova modalidade comercial que lhes permite vender e comprar diretamente produtos agrícolas como parte dos ajustes para 'atualizar' o modelo econômico socialista da ilha.

Até o dia 23 de dezembro haviam sido registrados 71 contratos assinados entre produtores agrícolas e entidades hoteleiras localizadas nos maiores pólos turísticos do país, como o balneário de Varadero, Havana e as províncias orientais de Camagüey e Granma, informou uma reportagem publicada neste domingo no jornal 'Juventud Rebelde'.

Embora reconheça que esta alternativa comercial é ainda 'incipiente', a matéria considera que a medida foi bem recebida e cita opiniões dos participantes desses acordos.

Entre eles, o especialista em comercialização do Ministério do Turismo, Velio A. Barrera, para quem a experiência trouxe 'maior dinamismo, variedade e qualidade' na provisão destes produtos ao turismo, além da redução nas despesas de transporte.

Os camponeses estão vendendo frutas e hortaliças como goiabas, abacaxis, alfaces e tomates, entre outros produtos.

Por sua parte, o granjeiro Roberto Hernández Rodríguez, presidente de uma cooperativa de agricultores, lembrou que em dezembro experimentou 'uma grande ansiedade', perante a opção de comercializar diretamente com as unidades hoteleiras.

Mas opinou que os camponeses 'estão contentes e entusiasmados, mas é preciso tratar o tema dos preços dos produtos, que não podem ser um obstáculo' para as vendas.

A possibilidade que os camponeses vendam diretamente seus produtos ao setor turístico, autorizada no final do ano passado, abre uma brecha no monopólio estatal da comercialização agropecuária. EFE

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