Economia

Câmara conclui votação de divisão de royalties

Com isso, o texto segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff


	Congresso à noite: a disputa sobre os royalties do petróleo decorre do grande crescimento da produção
 (Reynaldo Stavalde/Câmara)

Congresso à noite: a disputa sobre os royalties do petróleo decorre do grande crescimento da produção (Reynaldo Stavalde/Câmara)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 21h17.

Brasília - A Câmara dos Deputados concluiu, nesta terça-feira, a votação do projeto que muda a distribuição dos royalties do petróleo aprovando a proposta original do Senado. O projeto altera as regras também para áreas já licitadas, não dá garantia de receitas para Estados produtores e não faz vinculação de áreas em que os recursos devem ser gatos. Com isso, o texto segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

O projeto do Senado, de autoria de Vital do Rêgo (PMDB-PB), traz prejuízos maiores aos Estados produtores do que a proposta de Carlos Zarattini (PT-SP), alternativa derrotada em plenário. As tabelas que dão base ao projeto do Senado têm como referência a arrecadação de 2010 e, diferente do texto do deputado petista, não há nenhuma garantia aos produtores de receber ao menos o mesmo montante arrecadado em 2011. A expectativa é que a proposta permita aos não produtores dividir um bolo de R$ 8 bilhões já no próximo ano.

Outra diferença de fundo entre os dois textos é que na proposta aprovada não há vinculação de recursos para a educação, como defende o governo federal. O texto de Vital do Rêgo não traz obrigação de gastos em nenhuma área.

Também contrariando o Palácio do Planalto, a proposta altera a distribuição para áreas já licitadas. Isso pode levar o Rio de Janeiro e o Espírito Santo a frustrações bilionárias de arrecadação nos próximos anos. A forma como a proposta foi redigida, porém, permite que a presidente vete apenas esta parte, mantendo novos critérios de distribuição apenas para áreas que serão leiloadas pelo modelo de partilha, criado após a descoberta das reservas na camada pré-sal.

A disputa sobre os royalties do petróleo decorre do grande crescimento da produção. No ano passado, os royalties e participação especial recolhidos ultrapassaram R$ 24 bilhões e a expectativa é de que este montante chegue a R$ 31 bilhões no ano que vem e passe de R$ 54 bilhões em 2020.

Acompanhe tudo sobre:CongressoEnergiaPetróleoRoyalties

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega