As expectativas do empresariado brasileiro com uma recuperação acelerada da atividade caíram fortemente no segundo trimestre. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) passou de uma média de 62,4 em janeiro para 56,3 em abril, voltando ao patamar de outubro de 2003. É a quarta vez consecutiva que o índice sofre redução para os meses de abril, maio e junho. Na pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), verifica-se que os pequenos e médios empresários são os mais pessimistas. O índice junto aos grandes empresários caiu 6,6. Entre os pequenos e médios, 11,5.

Segundo a CNI, o principal motivo pela queda na confiança foi a deterioração dos negócios. Os indicadores sobre a economia (-17,1 pontos), sobre o setor de atividade (-7,7) e a respeito da própria empresa (-4,5) mostraram fortes reduções.

O sentimento do empresário, segundo afirma a CNI, foi determinado pela interrupção da trajetória de queda da Selic em janeiro. "Embora o Banco Central tenha retomado o processo de redução dos juros, as reduções estabelecidas foram muito tímidas. O governo vem passando por dificuldades políticas e de governabilidade, aumentando o grau de incerteza quanto à evolução da economia."