Economia

Bruno Funchal será o novo secretário do Tesouro Nacional

Atualmente responsável por acompanhar as relações com governadores e prefeitos no Ministério da Economia, ele vai substituir Mansueto Almeida

Bruno Funchal (Edu Andrade/Ascom/ME/Divulgação)

Bruno Funchal (Edu Andrade/Ascom/ME/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 15 de junho de 2020 às 14h56.

Última atualização em 15 de junho de 2020 às 18h22.

O atual diretor de Programas na secretaria Especial da Fazenda do Ministério da Economia, Bruno Funchal, será o novo secretário do Tesouro, confirmou a pasta na tarde desta segunda-feira, 15.

Ele assume definitivamente o lugar de Mansueto Almeida, que anunciou no domingo que vai deixar o cargo. no dia 31 de julho.

Funchal já foi secretário de Fazenda do Espírito Santo de 2017 a 2018, no governo de Paulo Hartung.

Em 2017 e 2018, Funchal foi Secretário de Fazenda do Espírito Santo e um dos responsáveis pelo processo de ajuste fiscal do estado, hoje considerado um dos principais exemplos de cuidado com as contas públicas. Estava no cargo quando o estado foi o único que recebeu nota A do Tesouro Nacional, destaca o ministério da Economia.

A ásta descata ainda que Funchal foi um dos técnicos responsáveis para elaboração do projeto do Pacto Federativo e, mas recentemente, foi um dos articuladores da proposta de socorro a estados e municípios, que irá liberar R$ 60 bilhões para estados e municípios.

Desde dezembro de 2019, ele também é membro titular do Conselho Fiscal da Caixa Econômica Federal.

Bacharel em Economia pela Universidade Federal Fluminense e doutor em Economia pela Fundação Getulio Vargas, Funchal tem pós-doutorado pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).

Saída de Mansueto

O secretário do Tesouro Nacional buscou passar uma mensagem tranquilizadora nesta segunda, ao afirmar que o ajuste fiscal não está em perigo, mesmo com sua decisão de deixar o governo.

“Sair foi uma decisão difícil. Eu já vinha pensando em deixar o governo. Estou no ministério há quatro anos e queria fazer isso da forma mais tranquila possível. Vou ficar aqui até o fim de julho, e não vai mudar nada no ajuste fiscal, que vai depender da direção do presidente, com seu Ministério da Economia e com o Congresso Nacional. Então não vai mudar nada no teto de gastos”, declarou o ainda secretário em entrevista à Globo News.

A saída de Mansueto do governo é vista com preocupação pelo mercado, já que ele é um dos maiores fiadores do compromisso do governo com o ajuste fiscal. Seu pedido de demissão antecede a escalada da pressão para uma revisão do teto de gastos, que limita o avanço das despesas da União à inflação, e que vem sendo alvo de críticas de diversos setores da sociedade para que os esforços fiscais do governo aumentem durante a pandemia. 

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