Economia

Brexit segue em frente com debate sobre acordo comercial

ÀS SETE - Conversa deve ajudar a dar o tom do que constará nos termos de separação, especialmente no que condiz à diretriz de um acordo comercial

Theresa May: primeira-ministra britânica está sob intensa pressão dos conservadores, que a acusam de estar conduzindo apenas um “Brexit de fachada”

Theresa May: primeira-ministra britânica está sob intensa pressão dos conservadores, que a acusam de estar conduzindo apenas um “Brexit de fachada”

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 05h43.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2018 às 08h54.

As negociações acerca do Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, chegam a um ponto decisivo.

O negociador britânico, David Davis, recebe o negociador europeu, Michael Barnier, nesta segunda-feira em Londres, antes da rodada oficial marcada para esta semana, de 6 a 9 de fevereiro, em Bruxelas.

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A conversa deve ajudar a dar o tom do que constará nos termos de separação, especialmente no que condiz à diretriz de um acordo comercial.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, está sob intensa pressão dos conservadores, membros do partido que lidera no Parlamento, que a acusam de estar conduzindo apenas um “Brexit de fachada”, e de que o país está se comportando como um “estado vassalo”.

Os mais radicais esperam que o livre comércio entre o Reino Unido e a União Europeia seja encerrado, e que o país fique livre para focar transações bilaterais.

Para amenizar os ânimos, na semana passada, May foi à China, e fechou um acordo de 9 bilhões de libras em investimentos mútuos.

May tem se mantido firme em relação a uma forma mais aberta de conduzir as negociações. Em entrevista à BBC, afirmou não achar que precisa escolher entre a Europa e o resto do mundo.

“O povo britânico votou para voltarmos a controlar nosso dinheiro, nossa fronteira e nossas leis, e é isso que vamos fazer”, disse a primeira-ministra, sinalizando que em nenhum momento se exigiu radicalismos.

Os negociadores estão trabalhando para apresentar um termo oficial de separação nas próximas sete semanas, um ano antes da saída definitiva do país, marcada para março de 2019.

A vantagem é que o Brexit tem causado bem menos turbulência econômica do que se imaginava, ao menos no curto prazo.

Em 2017, o país cresceu mais do que o esperado, 1,8% e, para 2018, as previsões de alta no PIB de 1,4% já foram revisadas para 1,7%.

Acusações de que o governo estaria tentando se desfazer do Brexit existem, mas May já afirmou que não é uma desistente, e que um acordo está próximo. A ver.

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