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Brasileiro é um dos candidatos a suceder Pascal Lamy na OMC

Durante três dias, o Conselho Geral escutará as propostas dos nove candidatos, que têm pela frente a complicada tarefa de desbloquear a rodada de Doha

Roberto Azevêdo: ganês Kyerematen apresentou como sua principal credencial seu desejo de que o mundo empresarial tenha mais presença na Organização Mundial do Comércio (Marcello Casal Jr./ABr)
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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 17h47.

Genebra - A Organização Mundial do Comércio (OMC) abriu nesta terça-feira a corrida para a sucessão do francês Pascal Lamy como diretor-geral do organismo, em uma disputa equilibrada que tem nove candidatos, entre eles o brasileiro Roberto Azevedo.

Lamy irá deixar o cargo em setembro. O ato inicial da campanha foi feito nesta terça-feira com a apresentação perante o Conselho Geral da OMC, o principal órgão executivo da organização, dos candidatos ganês, Alan John Kwadwo Kyerematen; costarriquenho, Anabel González; e indonésio, Mari Elka Pangestu.

Durante três dias, o Conselho Geral escutará as propostas dos nove candidatos, que têm pela frente a complicada tarefa de desbloquear a rodada de Doha, proposta de liberalização do sistema multilateral de comércio estagnada há década.

Na quarta-feira, será a vez de serem apresentados o neozelandês Tim Groser; a queniana Amina Mohammed; o jordaniano Ahmad Thougan Hindawi; e o mexicano Herminio Blanco. E na quinta-feira, o coreano Taheo Bark e Roberto Azevedo.

O ganês Kyerematen apresentou como sua principal credencial seu desejo de que o mundo empresarial tenha mais presença na Organização Mundial do Comércio.


"Se for eleito diretor-geral eu gostaria de organizar a cada dois ou quatro anos uma grande cúpula com a participação do mundo dos negócios e também da sociedade civil", disse o ex-ministro do Comércio da Gana, que se apresenta como o candidato dos países em desenvolvimento e especialmente dos menos desenvolvidos.

O costarriquenho González defendeu sua candidatura como a de uma pessoa com uma longa e ampla carreira no comércio internacional, e como representante de um pequeno país em desenvolvimento que fez do livre-comércio a chave de seu êxito econômico.

A América Latina é a região com maior presença de candidatos, três de nove, mas até o momento só o mexicano Herminio Blanco se mostrou abertamente favorável a um bloco latino-americano.

González disse em entrevista coletiva que não é o momento de pensar em possíveis alianças, mas de "olhar para frente", embora acrescentou que "chegado o momento é algo que poderia ser explorado".

Já a ministra de Turismo e Economia Criativa da Indonésia, Mari Elka Pangestu, disse que espera obter apoio da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e de outros países do continente.


No entanto, ressaltou que independente da origem, o futuro diretor-geral deveria ser eleito "em função de seus méritos, de sua capacidade, de sua competência e de sua experiência".

Após a apresentação dos candidatos, será criado um comitê formado pelos presidentes do Conselho Geral, do Órgão de Resolução de Disputas e do Órgão de Revisão de Políticas Comerciais, que em função de suas consultas solicitarão ao candidato pior posicionado que se retire, processo que se prolongará até que só reste um aspirante.

O objetivo é conseguir que o candidato seja aceito por consenso e que não precise ser feita uma votação entre os membros. O novo diretor-geral tomará posse em 1º de setembro por um período de quatro anos.

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Genebra - A Organização Mundial do Comércio (OMC) abriu nesta terça-feira a corrida para a sucessão do francês Pascal Lamy como diretor-geral do organismo, em uma disputa equilibrada que tem nove candidatos, entre eles o brasileiro Roberto Azevedo.

Lamy irá deixar o cargo em setembro. O ato inicial da campanha foi feito nesta terça-feira com a apresentação perante o Conselho Geral da OMC, o principal órgão executivo da organização, dos candidatos ganês, Alan John Kwadwo Kyerematen; costarriquenho, Anabel González; e indonésio, Mari Elka Pangestu.

Durante três dias, o Conselho Geral escutará as propostas dos nove candidatos, que têm pela frente a complicada tarefa de desbloquear a rodada de Doha, proposta de liberalização do sistema multilateral de comércio estagnada há década.

Na quarta-feira, será a vez de serem apresentados o neozelandês Tim Groser; a queniana Amina Mohammed; o jordaniano Ahmad Thougan Hindawi; e o mexicano Herminio Blanco. E na quinta-feira, o coreano Taheo Bark e Roberto Azevedo.

O ganês Kyerematen apresentou como sua principal credencial seu desejo de que o mundo empresarial tenha mais presença na Organização Mundial do Comércio.


"Se for eleito diretor-geral eu gostaria de organizar a cada dois ou quatro anos uma grande cúpula com a participação do mundo dos negócios e também da sociedade civil", disse o ex-ministro do Comércio da Gana, que se apresenta como o candidato dos países em desenvolvimento e especialmente dos menos desenvolvidos.

O costarriquenho González defendeu sua candidatura como a de uma pessoa com uma longa e ampla carreira no comércio internacional, e como representante de um pequeno país em desenvolvimento que fez do livre-comércio a chave de seu êxito econômico.

A América Latina é a região com maior presença de candidatos, três de nove, mas até o momento só o mexicano Herminio Blanco se mostrou abertamente favorável a um bloco latino-americano.

González disse em entrevista coletiva que não é o momento de pensar em possíveis alianças, mas de "olhar para frente", embora acrescentou que "chegado o momento é algo que poderia ser explorado".

Já a ministra de Turismo e Economia Criativa da Indonésia, Mari Elka Pangestu, disse que espera obter apoio da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e de outros países do continente.


No entanto, ressaltou que independente da origem, o futuro diretor-geral deveria ser eleito "em função de seus méritos, de sua capacidade, de sua competência e de sua experiência".

Após a apresentação dos candidatos, será criado um comitê formado pelos presidentes do Conselho Geral, do Órgão de Resolução de Disputas e do Órgão de Revisão de Políticas Comerciais, que em função de suas consultas solicitarão ao candidato pior posicionado que se retire, processo que se prolongará até que só reste um aspirante.

O objetivo é conseguir que o candidato seja aceito por consenso e que não precise ser feita uma votação entre os membros. O novo diretor-geral tomará posse em 1º de setembro por um período de quatro anos.

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