Brasília - A balança comercial brasileira registrou superávit de 1,575 bilhão de dólares em julho, o segundo melhor resultado do ano e favorecido por maiores exportações de petróleo em bruto.
No ano, no entanto, a balança comercial continua no vermelho, com déficit acumulado de 916 milhões de dólares, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta sexta-feira.
O resultado mensal veio acima do esperado pela mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de superávit de 830 milhões de dólares.
Em junho, a balança comercial havia registrado superávit 2,365 bilhões de dólares.
No mês passado, as exportações somaram 23,025 bilhões de dólares, com alta de 10,7 por cento pela média diária na comparação com igual mês do ano passado. Um dos fatores desse aumento foi a expansão de 276 por cento nos embarques de petróleo em bruto, a 2,6 bilhões de dólares. O resultado também foi ajudado pela venda de uma plataforma de petróleo no montante de 866 milhões de dólares.
No ano até julho, as exportações somaram 133,556 bilhões de dólares, queda de 0,6 por cento frente a igual período do ano passado pela média diária.
Já as importações ficaram em 21,450 bilhões de dólares em julho, com queda de 5,5 por cento sobre um ano antes, com destaque para o recuo nas importações de bens de capital (-11,2 por cento).
Nos sete primeiros meses do ano, as importações atingiram 134,472 bilhões de dólares, 3,4 por cento inferiores ao verificado em igual período do ano passado pela média diária.
A balança comercial é uma das principais causas do elevado rombo nas transações correntes do país que, só em junho, foi de 3,345 bilhões de dólares.
O comércio exterior brasileiro tem sido afetado pelo elevado déficit na conta petróleo que, entre janeiro e julho, somou 9,937 bilhões de dólares, segundo o ministério. O número é inferior ao rombo de 15,443 bilhões de dólares visto nos sete primeiros meses de 2013.
"Embora haja uma redução substancial, ainda assim o déficit (da conta petróleo) deste ano impacta bastante o saldo comercial do ano", afirmou o diretor do departamento de Estatística e Apoio à Exportação do ministério, Roberto Dantas, lembrando que o Brasil não é autossuficiente no setor e precisa continuar importando.
Em julho, as importações de combustíveis e lubrificantes somaram 4,575 bilhões de dólares, com alta de quase 20 por cento sobre o resultado de junho.
- 1. Tabuleiro negro
1 /16(Getty Images)
São Paulo – Não, o Brasil não está nesta lista — ainda. Pelas previsões da Agência Internacional de Energia (AIE), com os recursos do
pré-sal , o país deverá se tornar o sexto maior exportador mundial de
petróleo no mundo, dentro de duas décadas. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), já em 2022, as exportações brasileiras chegarão à casa de 1,5 milhão de barris/dia de petróleo. Mas o tabuleiro da exportação do ouro negro, compilado com base em dados da
Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), pode balançar antes. O motivo é o boom de xisto nos Estados Unidos. Com produção em ritmo nunca antes visto, o país estuda eliminar limitações às vendas de petróleo bruto, adotadas como medida de proteção em meados da década de 70, durante a crise do óleo. Além de deixar o posto de
maior importador mundial, o país pode pular para o outro lado, e se tornar um importante exportador de petróleo. Veja a seguir os países que podem ver seu império ameaçado, por perder um grande comprador, e, quiçá, ganhar um adversário.
- 2. 1 - Arábia Saudita
2 /16(Getty Images)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 8,8 milhões |
Reservas totais em barris | 265,9 bilhões |
- 3. 2 - Rússia
3 /16(GettyImages)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 7,2 milhões |
Reservas totais em barris | 87,2 bilhões |
- 4. 3 - Emirados Árabes Unidos
4 /16(Getty Images)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 2,59 milhões |
Reservas totais em barris | 97,8 bilhões |
- 5. 4 - Kuwait
5 /16(AFP/Getty Images/Arquivo/Mario Tama)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 2,41 milhões |
Reservas totais em barris | 101,5 bilhões |
- 6. 5 - Nigéria
6 /16(Jrobin08/Wikimedia Commons)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 2,25 milhões |
Reservas totais em barris | 37,2 bilhões |
- 7. 6 - Iraque
7 /16(Warrick Page/Getty Images)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 2,23 milhões |
Reservas totais em barris | 150 bilhões |
- 8. 8 - Catar
8 /16(Patrick Baz/AFP)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,84 milhão |
Reservas totais em barris | 23,9 bilhões |
- 9. 9 - Angola
9 /16(Wikimedia Commons)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,73 milhão |
Reservas totais em barris | 12,7 bilhões |
- 10. 10 - Venezuela
10 /16(Wikimedia Commons)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,71 milhão |
Reservas totais em barris | 297,6 bilhões |
- 11. 11 - Noruega
11 /16(Getty Images)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,68 milhão |
Reservas totais em barris | 7,5 bilhões |
- 12. 12 - Canadá
12 /16(Wikimedia Commons)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,57 milhão |
Reservas totais em barris | 173,9 bilhões |
- 13. 13 - Argélia
13 /16(Kjetil Alsvik/AFP)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,54 milhão |
Reservas totais em barris | 12,2 bilhões |
- 14. 14 - Cazaquistão
14 /16(Getty Images)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,35 milhão |
Reservas totais em barris | 30 bilhões |
- 15. 15 - Líbia
15 /16(Shawn Baldwing/Bloomberg)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,31 milhão |
Reservas totais em barris | 48 bilhões |
- 16. Mudanças à vista?
16 /16(Getty Images)