Economia

Brasil sobe duas posições e fecha 2023 como a 9ª economia do mundo; veja lista completa

A última vez que o Brasil figurou entre as 10 maiores economias do mundo foi em 2019

PIB do Brasil: Brasil salta três posições no ranking mundial (Emiliano Capozoli/Exame)

PIB do Brasil: Brasil salta três posições no ranking mundial (Emiliano Capozoli/Exame)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 1 de março de 2024 às 10h25.

Última atualização em 1 de março de 2024 às 11h08.

O Brasil encerrou o ano de 2023 como a 9ª economia do mundo em valores correntes, segundo projeções compiladas por Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating. O cálculo se baseia no valor corrente do PIB, divulgado nesta sexta-feira, 1, pelo IBGE, e as projeções do Fundo Monetário Internacional para as 15 maiores economias globais.

No último ano, o Brasil teve valor corrente em moeda local de US$ 2,173 bilhões, segundo a estimativa da Austin Rating. De acordo com o levantamento, o país representa 2,1% do PIB global. Em 2022, o Brasil foi apenas a 11ª economia mundial, quando respondia por 1,9% do total mundial. Uma primeira versão dos dados mostrava que a economia brasileira esteve na 12ª posição em 2022, atualizada posteriormente. A última vez que o Brasil figurou entre as 10 maiores economias do mundo foi em 2019. O país ficou entre 2008 e 2019 entre essas posições, com o sétimo lugar sendo a melhor posição.

No topo do ranking das maiores economias os Estados Unidos, que responde por 25,8% do PIB global, e a China, 17% do PIB global. Na sequência, a Alemanha ultrapassou o Japão em valores correntes e assumiu a terceira posição, com 4,2% do PIB mundial. O Japão, por sua vez, representa 4,1% da economia global.

As estimativas para 2024 apontam que as cinco maiores economias vão seguir inalteradas, com Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Índia e Reino Unido. O destaque será a diminuição da diferença entre os americanos e chineses.

[grifar]As 15 maiores economias da lista respondem, sozinhas, por 75% do PIB global.

No trimestre, crescimento do Brasil é o 35º do mundo

No levantamento trimestral, o país ficou na 35ª posição em um ranking com outras 47ª economias do mundo. A economia brasileira apresentou estabilidade no período, assim como Áustria e Hungria. Na liderança, o PIB da Nigéria avançou 2,9%, seguido de Taiwan, com alta de 2,3%, e Filipinas, com aumento de 2,1%, no período.

Estados Unidos, a maior economia do mundo em 2023, teve crescimento de 0,8% no quatro trimestre, e ficou na 11ª posição. China, com alta de 1%, está na oitava posição. A Alemanha, que passou o Japão e agora é a terceira maior economia do mundo, foi apenas a 42ª economia do mundo no último período de 2023.

PIB do Brasil em 2023

Segundo dados do IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,9% no acumulado de 2023, totalizando R$ 10,9 trilhões. O resultado ficou em linha com a expectativa do mercado financeiro, que esperava uma leve alta de 0,1%.

O crescimento da economia brasileira foi mais alto do esperado pelo mercado no início do ano, que apontava um PIB anual de apenas 1%. Durante 2023, o PIB foi impulsionado principalmente pelo resultado do agronegócio.

Como mostrou a EXAME, a atividade no ano de 2023 foi bastante desigual, concentrada no primeiro trimestre e com forte queda de investimentos ao longo dos trimestres. Analistas e economistas alertam sobre a deterioração nos indicadores atrelados aos investimentos, que em teoria podem minar a qualidade do crescimento em 2024.

ERRATA: Uma primeira versão da matéria informava que o Brasil subiu três posições, por considerar a estimativa de março de 2023 que apontava que o país foi a 12ª economia do mundo. Na verdade, o país avançou duas posições, por ter saltado de 11ª, posição atualizada no decorrer de 2023, para a 9ª posição. 

Acompanhe tudo sobre:PIB do Brasileconomia-internacional

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor