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Brasil se aproxima dos EUA na exportação de milho em 12/13

A produção do cereal nos EUA sofreu uma forte redução em 2012, enquanto o Brasil colheu e exportou volumes recordes

Plantação de milho: a quebra de safra dos EUA ilustra o potencial do Brasil no mercado do cereal (Stock Exchange)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de março de 2013 às 18h51.

São Paulo - O Brasil deverá ficar bem próximo dos Estados Unidos na exportação de milho na temporada 2012/13, ameaçando pelo menos momentaneamente a histórica liderança norte-americana nos embarques do cereal, à medida que a produção brasileira ganha força, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Afetados pela pior seca em mais de meio século em 2012, os Estados Unidos tiveram uma forte redução na produção do cereal, que está agora impactando nos números de vendas externas norte-americanas. O Brasil, ao contrário, colheu e exportou volumes recordes no ano passado.

"As exportações (dos EUA) foram reduzidas... por conta das lentas vendas... e da competição mais forte do que o esperado com o milho da América do Sul...", disse o USDA em relatório.

O órgão dos EUA, os maiores produtores e exportadores globais do cereal, reduziu a previsão de exportação norte-americana de 22,86 milhões para 20,96 milhões de toneladas no ano comercial 12/13, enquanto a previsão de embarques de milho do Brasil foi mantida nesta sexta-feira em 19 milhões de toneladas no mesmo período.

Na temporada 11/12, quando os EUA tiveram uma safra melhor --de 313,95 milhões de toneladas, ante 273,8 milhões em 12/13--, os norte-americanos exportaram 39,18 milhões de toneladas, ou quase o dobro do que devem embarcar no atual ano comercial que se encerra em 31 de agosto.

Embora a quebra de safra dos EUA tenha transferido uma parte importante da demanda global para a América do Sul, ela ilustra o potencial que o Brasil tem nesse mercado, com consumo mundial crescente.


"Estamos vendo que o mercado está com déficit, o próprio americano está com problemas, eles colocaram muito milho para a produção de etanol... A China era exportadora de milho até 2010, em 2011 não exportou, em 2012 ela anunciou que precisava comprar...", disse o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), o ex-ministro Alysson Paolinelli.

Segundo ele, mesmo os EUA, grandes produtores, não conseguiram atingir suas metas de uso de milho para a produção de etanol.

Nesse contexto, o Brasil tem espaço para ganhar mercado na exportação, embora a associação considere que a prioridade tenha que ser o mercado interno, para que o Brasil possa exportar produtos de maior valor agregado, como a carne de frango e suína.

Na próxima temporada, se o tempo for favorável, os Estados Unidos deverão colher uma safra recorde de milho, o que deve permitir aos norte-americanos dominarem o mercado global com folga novamente.

Na soja, mercado em que a diferença do Brasil para os EUA não é tão grande na produção, o país tem possibilidade de assumir a liderança global na exportação em 2012/13.

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São Paulo - O Brasil deverá ficar bem próximo dos Estados Unidos na exportação de milho na temporada 2012/13, ameaçando pelo menos momentaneamente a histórica liderança norte-americana nos embarques do cereal, à medida que a produção brasileira ganha força, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Afetados pela pior seca em mais de meio século em 2012, os Estados Unidos tiveram uma forte redução na produção do cereal, que está agora impactando nos números de vendas externas norte-americanas. O Brasil, ao contrário, colheu e exportou volumes recordes no ano passado.

"As exportações (dos EUA) foram reduzidas... por conta das lentas vendas... e da competição mais forte do que o esperado com o milho da América do Sul...", disse o USDA em relatório.

O órgão dos EUA, os maiores produtores e exportadores globais do cereal, reduziu a previsão de exportação norte-americana de 22,86 milhões para 20,96 milhões de toneladas no ano comercial 12/13, enquanto a previsão de embarques de milho do Brasil foi mantida nesta sexta-feira em 19 milhões de toneladas no mesmo período.

Na temporada 11/12, quando os EUA tiveram uma safra melhor --de 313,95 milhões de toneladas, ante 273,8 milhões em 12/13--, os norte-americanos exportaram 39,18 milhões de toneladas, ou quase o dobro do que devem embarcar no atual ano comercial que se encerra em 31 de agosto.

Embora a quebra de safra dos EUA tenha transferido uma parte importante da demanda global para a América do Sul, ela ilustra o potencial que o Brasil tem nesse mercado, com consumo mundial crescente.


"Estamos vendo que o mercado está com déficit, o próprio americano está com problemas, eles colocaram muito milho para a produção de etanol... A China era exportadora de milho até 2010, em 2011 não exportou, em 2012 ela anunciou que precisava comprar...", disse o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), o ex-ministro Alysson Paolinelli.

Segundo ele, mesmo os EUA, grandes produtores, não conseguiram atingir suas metas de uso de milho para a produção de etanol.

Nesse contexto, o Brasil tem espaço para ganhar mercado na exportação, embora a associação considere que a prioridade tenha que ser o mercado interno, para que o Brasil possa exportar produtos de maior valor agregado, como a carne de frango e suína.

Na próxima temporada, se o tempo for favorável, os Estados Unidos deverão colher uma safra recorde de milho, o que deve permitir aos norte-americanos dominarem o mercado global com folga novamente.

Na soja, mercado em que a diferença do Brasil para os EUA não é tão grande na produção, o país tem possibilidade de assumir a liderança global na exportação em 2012/13.

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