Bento Albuquerque (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Bloomberg
Publicado em 3 de novembro de 2021 às 21h24.
Última atualização em 3 de novembro de 2021 às 21h30.
Por Peter Millard e Francine Lacqua, da Bloomberg
O Brasil não pretende subsidiar os preços dos combustíveis, mesmo com os reajustes recentes, que tem pressionado a inflação e gerado reação popular.
Uma saída seria reduzir impostos e criar programas de compensação para amenizar o impacto do aumento dos preços da gasolina e do diesel, disse o Ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, em entrevista à Bloomberg TV.
“Temos que administrar isso usando impostos. Não podemos reduzir o preço das commodities. É impossível ”, disse ele. “Não queremos subsidiar os combustíveis fósseis.”
O aumento dos preços do petróleo é muitas vezes recebido com sentimentos mistos para as empresas nacionais de petróleo como a Petrobras, já que ficam pressionadas para manter os custos do combustível sob controle para os consumidores a fim de evitar protestos e conter a inflação.
A estatal perdeu cerca de US$ 40 bilhões durante o boom do preço do petróleo de 2012 a 2014 por causa das políticas para baratear a gasolina e o diesel, e os investidores estão preocupados que isso possa acontecer novamente. A desvalorização da moeda brasileira neste ano tornou o combustível ainda mais caro na bomba.
Albuquerque também disse que o Brasil está avançando no controle ao desmatamento ilegal e planeja eliminar a prática até 2028.