Brasil e Espanha explorarão formas de aumentar comércio bilateral
Segundo o presidente da câmara de Comércio Espanhola no Brasil, Sergio Rial, os dois países sempre tiveram "relações muito cordiais"
EFE
Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 14h38.
São Paulo - Brasil e Espanha buscarão novas fórmulas para "aumentar" o comércio bilateral com agendas "mais específicas" que serão estudadas durante a visita do presidente espanhol, Mariano Rajoy, programado para o primeiro semestre do ano, informaram nesta sexta-feira fontes empresariais.
"Espanha e Brasil sempre teve relações muito cordiais, a grande oportunidade agora é como conseguir aumentar o comércio bilateral", afirmou o presidente da câmara de Comércio Espanhola no Brasil, Sergio Rial, em um seminário sobre projeções econômicas da nação sul-americana.
Rial recalcou que a visita de Rajoy ao Brasil, programada para o primeiro semestre deste ano, é uma "oportunidade" para "ter agendas mais específicas" sobre como fomentar as relações bilaterais.
O também presidente da filial brasileira do Banco Santander, entidade coorganizadora do evento que contou com representantes de firmas da Espanha no Brasil, considerou que há espaço para aprofundar a relação de ambos países e trocar experiências entre as distintas indústrias.
Rial usou como exemplo a indústria do calçado, na qual a Espanha se destaca na área de valor agregado e o Brasil na seção das matérias-primas, como o couro.
Neste sentido, a câmara de Comércio Espanhola no Brasil prepara um projeto no qual empresas emergentes de ambos lados do Atlântico apresentarão seus modelos de negócio a potenciais clientes com objeto de favorecer a troca de ideias e criar laços comerciais mais próximos.
Por sua vez, a diretora-executiva desta organização, Carolina Carvalho de Queiroz, lembrou em declarações à Agência Efe que a Espanha "é o terceiro maior investidor externo no país" e a perspectiva é "manter" esse nível em setores já consolidados como o financeiro, energético e de infraestrutura.
No entanto, desde seu ponto de vista, ainda existem "dificuldades no âmbito burocrático" brasileiro que dificultam um ambiente de negócios em ótimas condições.