Brasil avalia romper acordo automotivo com o México
Governo estuda cortar acordo com o México, terceira principal origem de veículos importados vendidos no país, em uma estratégia para conter a entrada de carros
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2012 às 16h36.
São Paulo - O governo está avaliando romper o acordo automotivo que o Brasil mantém com o México, terceira principal origem de veículos importados vendidos no país, em uma estratégia para conter a entrada de carros produzidos no exterior e que já representam quase um quarto do vendido no país.
Segundo a Agência Brasil, a secretária de Comércio Exterior (Secex), Tatiana Lacerda Prazeres, afirmou que "(suspensão ou rompimento do acordo) está em discussão no governo", mas não detalhou a proposta que estaria sendo discutida. Uma das ideias é evitar a imposição de tarifas de importação para as compras mexicanas até 2013.
Pelos dados preliminares do governo, nos primeiros anos de acordo, o Brasil registrou saldo positivo no comércio de automóveis com o México. Mas nos últimos anos, o resultado passou a registrar dados negativos. Dos países do Mercosul, o Brasil é o principal importador do México, segundo a agência.
Reportagem do jornal Valor Econômico, sem citar fontes, afirma que a decisão de romper o acordo automotivo com o México já teria sido tomada pelo governo, devendo ser anunciada nos próximos dias. A anulação respeitaria os termos acertados com o país e que exigem uma comunicação prévia de 14 meses.
Em 2011, o México ficou no terceiro lugar no ranking de principais origens de importações brasileiras de veículos, com participação de 13,8 por cento, atrás de Coreia do Sul, com 19,2 por cento; e Argentina, com 44 por cento, segundo dados da associação de concessionários de veículos, Fenabrave.
Apenas em dezembro, porém, o percentual mexicano foi de 20,2 por cento, enquanto a fatia da parceira de Mercosul Argentina foi de 41,5 por cento e a Coreia do Sul correspondeu a 13,5 por cento.
O acordo permite fluxo de automóveis, peças e partes de veículos sem incidência ou com redução de tarifas de importação. Atualmente, montadoras no Brasil têm usado o acordo para complementar suas ofertas no país, com modelos mais sofisticados ante um parque fabril nacional mais voltado a veículos compactos populares.
A associação de montadoras, Anfavea, afirmou que "considera importante" a manutenção do acordo assinado em 2000 e que "acordos internacionais de comércio, a exemplo do Acordo Brasil-México, são dinâmicos e podem ser atualizados, ampliados e ou ajustados em sua abrangência e condições".
Segundo a entidade, o comércio automotivo de veículos e peças entre os dois países movimentou 4,3 bilhões de dólares em 2011, volume que representa 47 por cento do fluxo comercial entre os dois países.
São Paulo - O governo está avaliando romper o acordo automotivo que o Brasil mantém com o México, terceira principal origem de veículos importados vendidos no país, em uma estratégia para conter a entrada de carros produzidos no exterior e que já representam quase um quarto do vendido no país.
Segundo a Agência Brasil, a secretária de Comércio Exterior (Secex), Tatiana Lacerda Prazeres, afirmou que "(suspensão ou rompimento do acordo) está em discussão no governo", mas não detalhou a proposta que estaria sendo discutida. Uma das ideias é evitar a imposição de tarifas de importação para as compras mexicanas até 2013.
Pelos dados preliminares do governo, nos primeiros anos de acordo, o Brasil registrou saldo positivo no comércio de automóveis com o México. Mas nos últimos anos, o resultado passou a registrar dados negativos. Dos países do Mercosul, o Brasil é o principal importador do México, segundo a agência.
Reportagem do jornal Valor Econômico, sem citar fontes, afirma que a decisão de romper o acordo automotivo com o México já teria sido tomada pelo governo, devendo ser anunciada nos próximos dias. A anulação respeitaria os termos acertados com o país e que exigem uma comunicação prévia de 14 meses.
Em 2011, o México ficou no terceiro lugar no ranking de principais origens de importações brasileiras de veículos, com participação de 13,8 por cento, atrás de Coreia do Sul, com 19,2 por cento; e Argentina, com 44 por cento, segundo dados da associação de concessionários de veículos, Fenabrave.
Apenas em dezembro, porém, o percentual mexicano foi de 20,2 por cento, enquanto a fatia da parceira de Mercosul Argentina foi de 41,5 por cento e a Coreia do Sul correspondeu a 13,5 por cento.
O acordo permite fluxo de automóveis, peças e partes de veículos sem incidência ou com redução de tarifas de importação. Atualmente, montadoras no Brasil têm usado o acordo para complementar suas ofertas no país, com modelos mais sofisticados ante um parque fabril nacional mais voltado a veículos compactos populares.
A associação de montadoras, Anfavea, afirmou que "considera importante" a manutenção do acordo assinado em 2000 e que "acordos internacionais de comércio, a exemplo do Acordo Brasil-México, são dinâmicos e podem ser atualizados, ampliados e ou ajustados em sua abrangência e condições".
Segundo a entidade, o comércio automotivo de veículos e peças entre os dois países movimentou 4,3 bilhões de dólares em 2011, volume que representa 47 por cento do fluxo comercial entre os dois países.