Bolsonaro diz que fará controle rígido de concessões da Lei Rouanet
O presidente eleito é crítico ao modelo de distribuição de recursos da lei que trata da disponibilização de repasses para projetos culturais
Agência Brasil
Publicado em 26 de dezembro de 2018 às 10h10.
Última atualização em 27 de dezembro de 2018 às 20h39.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro , disse hoje (26) no Twitter que assim que assumir o governo, em 1º de janeiro de 2019, vai trabalhar para um controle rígido de concessões de recursos. Para Bolsonaro, o uso do dinheiro público deve ser repensado e direcionado a setores prioritários no país.
"Há claro desperdício rotineiro de recursos, que podem ser aplicados em áreas essenciais", afirmou Bolsonaro. "Num só dia, o gerente de Responsabilidade Sociocultural de Furnas [Furnas Centrais elétricas S.A, subsidiária da Eletrobras] autorizou, via Lei Rouanet , R$ 7,3 milhões para 21 entidades", acrescentou. O presidente eleito é um crítico ao atual modelo de distribuição de recursos via Lei Rouanet, norma que trata da disponibilização de repasses federais para projetos artísticos-culturais.
"O que acabará são os milhões do dinheiro público financiando 'famosos' sob falso argumento de incentivo cultural, mas que só compram apoio! Isso terá fim!", completou.
Na gestão Bolsonaro, a pasta da Cultura foi incorporada pelo Ministério da Educação, cujo titular será Ricardo Vélez Rodríguez.
Desde o período da campanha, Bolsonaro têm se manifestado sobre a Lei Rouanet. Em setembro, antes mesmo de ser eleito, reforçou que os benefícios continuariam sendo concedidos. "Mas para artistas talentosos, que estão iniciando suas carreiras e não possuem estrutura", disse no Twitter à época o até então candidato.