Economia

BNDES quer consolidação de empresas do setor elétrico

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, engrossou ontem o coro em defesa da consolidação do setor elétrico, com a criação de grupos com disposição e capacidade para investir em grandes projetos do setor elétrico nacional. O assunto está na pauta do governo, que trabalha para fortalecer a Eletrobrás, […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, engrossou ontem o coro em defesa da consolidação do setor elétrico, com a criação de grupos com disposição e capacidade para investir em grandes projetos do setor elétrico nacional. O assunto está na pauta do governo, que trabalha para fortalecer a Eletrobrás, e da iniciativa privada, em negociações para a fusão de empresas do setor.

Além de possível financiador de fusões e aquisições, o BNDES tem participação relevante na Brasiliana, holding de Eletropaulo e AES Tietê, controlada pela americana AES. A empresa é alvo de cobiça de grupos que vêm mostrando disposição em investir na criação de grandes grupos.

Nessa lista, destacam-se a construtora Camargo Corrêa, o fundo de pensão Previ (Banco do Brasil) e a estatal mineira Cemig. A Camargo pressiona pela união entre Brasiliana, CPFL e Neoenergia - as duas últimas com forte participação da Previ, que também já se pronunciou em favor de uma reorganização do setor. Já a Cemig expandiu seus domínios para o Rio com a compra da Light e não esconde o apetite pelo mercado paulista.

"O País está carente de grupos capacitados, fortes e comprometidos em investir firmemente no setor", defendeu Coutinho, sem declarar preferências por qualquer grupo. Ele disse que o mesmo raciocínio vale para o setor de etanol, que vem passando por uma série de fusões e aquisições. Ele frisou, porém, que o fortalecimento de grupos nacionais não é contrário à presença e ao desenvolvimento de companhias estrangeiras no segmento.

"Vários dos projetos recentes de empresas estrangeiras tiveram o apoio do BNDES". Segundo ele, o banco não entrará na estatal de telecomunicações estudada pelo governo, com a reativação da Telebrás. "O BNDES não entraria porque não é necessário", afirmou. Segundo Coutinho, o banco estará preparado para financiar os equipamentos e a expansão da infraestrutura das operadoras privadas e de quem estiver qualificado para atuar. No entanto, a Lei de Responsabilidade Fiscal não permite empréstimos do BNDES para empresas dependentes do Tesouro, lembrou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Acompanhe tudo sobre:BNDESCrescimento econômicoDesenvolvimento econômico

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor