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BNDES pode ter novo aporte de até R$20 bi do Tesouro

Banco pretende fechar até o fim do mês o valor do novo aporte para garantir desembolsos de aproximadamente 190 bilhões de reais em 2013

BNDES: demanda por financiamento normalmente cresce no segundo semestre, mas em 2013 várias concessões de infraestrutura e energia tendem a aumentar ainda mais demanda por empréstimos (Vanderlei Almeida/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 14h59.

Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Ecônomico e Social ( BNDES ) pretende fechar até o fim do mês com o Tesouro Nacional o valor do novo aporte para o banco de fomento garantir desembolsos de aproximadamente 190 bilhões de reais em 2013 e recursos para o começo de 2014, disse uma fonte da instituição nesta quarta-feira.

"Até o fim do mês certamente devemos fechar. Não pode passar", disse à Reuters um alto executivo do banco a par das negociações. O montante em discussão e a forma como vai se dar o aporte ainda estão sendo discutidos, acrescentou.

Informalmente, os valores cogitados pelo BNDES para o novo aporte poderiam ser de até 20 bilhões de reais. "Isso garantiria o funding desse ano e um pouco do começo do ano que vem. Às vezes você pensa que vai liberar os recursos no fim do ano e ficam para o começo do ano que vem", disse outra fonte do BNDES.

Uma fonte próxima da área econômica do governo afirmou que a operação "usualmente leva alguns dias para fechar", mas que "o número (tamanho do aporte) pode ser esse.

Representantes do Tesouro Nacional não puderam comentar o assunto de imediato.

Até junho, os desembolsos do BNDES somavam 88,3 bilhões de reais, segundo dados do banco. No início de agosto, o presidente da instituição, Luciano Coutinho, havia afirmado que os desembolsos de julho tinham ficado abaixo do esperado.

Uma das fonte do BNDES comentou que em agosto o ritmo de desembolsos "foi mantido entre 14 bilhões e 15 bilhões de reais".

A demanda por financiamento do banco normalmente cresce no segundo semestre, mas em 2013 várias concessões federais de infraestrutura e energia tendem a aumentar ainda mais a demanda por empréstimos.

"O funding não é um problema. Acho que vamos resolver bem isso... o que podemos dizer é que o total (de aportes) desse ano vai ser menor que do ano passado. A tendência é declinante", disse a fonte.


De acordo com dados do Tesouro Nacional, neste ano foram feitas emissões de dívidas no total 17 bilhões de reais ao BNDES. A primeira emissão foi feita em 10 de maio, no valor de 2 bilhões, especificamente para operações do banco de fomento com o Fundo de Marinha Mercante. Uma segunda emissão, de 15 bilhões, ocorreu em 28 de junho, com recursos vinculado ao atendimento de níveis de capital previstos no acordo de Basileia 3.

As liberações para o BNDES pressionam as contas do governo federal, uma vez que títulos públicos emitidos para os aportes impactam na dívida federal.

Grupo X

As últimas negociações envolvendo a venda de ativos do grupo EBX para empresas estrangeiras e fundos internacionais foram vistas com bons olhos por executivos do BNDES, disseram as fontes.

Na terça-feira, o empresário Eike Batista anunciou que está perto de fechar acordo para transferir controle do Porto Sudeste para a trading Trafigura e o Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi.

A primeira fonte do BNDES afirmou que com a conclusão da venda do Porto Sudeste mais um passo importante foi dado na reestruturação das dívidas da EBX e que a venda do Porto Sudeste deixou o banco com uma exposição "muito pequena, quase mínima ao grupo EBX".

"Ontem mais um passo importante foi dado. Depois desse (negócio) resolve tudo e está tudo equacionado", disse a fonte.

No final de agosto, o presidente do BNDES afirmara que os empréstimos de empresas do grupo EBX efetivamente contratados junto ao banco somavam cerca de 6 bilhões de reais em um total de 10 bilhões aprovados. Na ocasião, Coutinho afirmou que tinha confiança na equalização das dívidas das empresas.

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"Até o fim do mês certamente devemos fechar. Não pode passar", disse à Reuters um alto executivo do banco a par das negociações. O montante em discussão e a forma como vai se dar o aporte ainda estão sendo discutidos, acrescentou.

Informalmente, os valores cogitados pelo BNDES para o novo aporte poderiam ser de até 20 bilhões de reais. "Isso garantiria o funding desse ano e um pouco do começo do ano que vem. Às vezes você pensa que vai liberar os recursos no fim do ano e ficam para o começo do ano que vem", disse outra fonte do BNDES.

Uma fonte próxima da área econômica do governo afirmou que a operação "usualmente leva alguns dias para fechar", mas que "o número (tamanho do aporte) pode ser esse.

Representantes do Tesouro Nacional não puderam comentar o assunto de imediato.

Até junho, os desembolsos do BNDES somavam 88,3 bilhões de reais, segundo dados do banco. No início de agosto, o presidente da instituição, Luciano Coutinho, havia afirmado que os desembolsos de julho tinham ficado abaixo do esperado.

Uma das fonte do BNDES comentou que em agosto o ritmo de desembolsos "foi mantido entre 14 bilhões e 15 bilhões de reais".

A demanda por financiamento do banco normalmente cresce no segundo semestre, mas em 2013 várias concessões federais de infraestrutura e energia tendem a aumentar ainda mais a demanda por empréstimos.

"O funding não é um problema. Acho que vamos resolver bem isso... o que podemos dizer é que o total (de aportes) desse ano vai ser menor que do ano passado. A tendência é declinante", disse a fonte.


De acordo com dados do Tesouro Nacional, neste ano foram feitas emissões de dívidas no total 17 bilhões de reais ao BNDES. A primeira emissão foi feita em 10 de maio, no valor de 2 bilhões, especificamente para operações do banco de fomento com o Fundo de Marinha Mercante. Uma segunda emissão, de 15 bilhões, ocorreu em 28 de junho, com recursos vinculado ao atendimento de níveis de capital previstos no acordo de Basileia 3.

As liberações para o BNDES pressionam as contas do governo federal, uma vez que títulos públicos emitidos para os aportes impactam na dívida federal.

Grupo X

As últimas negociações envolvendo a venda de ativos do grupo EBX para empresas estrangeiras e fundos internacionais foram vistas com bons olhos por executivos do BNDES, disseram as fontes.

Na terça-feira, o empresário Eike Batista anunciou que está perto de fechar acordo para transferir controle do Porto Sudeste para a trading Trafigura e o Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi.

A primeira fonte do BNDES afirmou que com a conclusão da venda do Porto Sudeste mais um passo importante foi dado na reestruturação das dívidas da EBX e que a venda do Porto Sudeste deixou o banco com uma exposição "muito pequena, quase mínima ao grupo EBX".

"Ontem mais um passo importante foi dado. Depois desse (negócio) resolve tudo e está tudo equacionado", disse a fonte.

No final de agosto, o presidente do BNDES afirmara que os empréstimos de empresas do grupo EBX efetivamente contratados junto ao banco somavam cerca de 6 bilhões de reais em um total de 10 bilhões aprovados. Na ocasião, Coutinho afirmou que tinha confiança na equalização das dívidas das empresas.

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