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BCE pode renunciar a juros de bônus gregos em seu poder

Mario Draghi confirmou que o órgão poderá abrir mão dos juros, mas descartou um perdão da dívida grega

Draghi diz que o BCE não pode renunciar a sua parte na dívida grega (Ralph Orlowski/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 13h28.

Frankfurt - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, não descartou nesta quinta-feira a possibilidade de a instituição renunciar aos juros das obrigações gregas em seu poder, depois de o FMI o pressionar para que participe do plano de redução da dívida de Atenas.

"Redistribuir uma parte dos lucros do BCE aos Estados membros não seria caracterizado como financiamento monetário", que é uma opção proibida pelos tratados europeus, disse Draghi.

Por outro lado, Draghi descartou a hipótese de que o BCE aceitará um perdão da dívida grega em seu poder como parte do plano de redução do endividamento do país.

Atualmente, está em negociação a eliminação de 100 bilhões de euros da dívida grega em mãos de bancos e fundos de investimento, que aceitarão um perdão de até 70% do total de seus títulos da dívida do país heleno.

O Fundo Monetário Internacional diz que essa quantidade é insuficiente para reduzir o endividamento do país a níveis sustentáveis. Nessa situação, o BCE, que possui 45 bilhões de euros de bônus públicos gregos, tem sido pressionado para que renuncie ao menos a uma parte desse montante.

Draghi já manifestou sua oposição a essa medida, alegando que ela implicaria em uma violação dos tratados europeus.

"A ideia de que o BCE ponha dinheiro no programa (de ajuda à Grécia) seria uma violação à proibição de financiar os Estados", disse.

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"Redistribuir uma parte dos lucros do BCE aos Estados membros não seria caracterizado como financiamento monetário", que é uma opção proibida pelos tratados europeus, disse Draghi.

Por outro lado, Draghi descartou a hipótese de que o BCE aceitará um perdão da dívida grega em seu poder como parte do plano de redução do endividamento do país.

Atualmente, está em negociação a eliminação de 100 bilhões de euros da dívida grega em mãos de bancos e fundos de investimento, que aceitarão um perdão de até 70% do total de seus títulos da dívida do país heleno.

O Fundo Monetário Internacional diz que essa quantidade é insuficiente para reduzir o endividamento do país a níveis sustentáveis. Nessa situação, o BCE, que possui 45 bilhões de euros de bônus públicos gregos, tem sido pressionado para que renuncie ao menos a uma parte desse montante.

Draghi já manifestou sua oposição a essa medida, alegando que ela implicaria em uma violação dos tratados europeus.

"A ideia de que o BCE ponha dinheiro no programa (de ajuda à Grécia) seria uma violação à proibição de financiar os Estados", disse.

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