BC vai manter compra de dólares para refroçar reservas
Brasília - O diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Luiz Mendes, afirmou hoje que a instituição vai manter a estratégia de compra de dólares para reforçar as reservas internacionais. Durante entrevista para detalhar o relatório anual de gestão das reservas, o diretor afirmou que o BC mantém a política não apenas motivado pelo […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
Brasília - O diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Luiz Mendes, afirmou hoje que a instituição vai manter a estratégia de compra de dólares para reforçar as reservas internacionais.
Durante entrevista para detalhar o relatório anual de gestão das reservas, o diretor afirmou que o BC mantém a política não apenas motivado pelo fluxo cambial presente, mas também pela expectativa de entrada de dólares no futuro.
"Muitas vezes o mercado atua em cima de uma expectativa futura. E existe uma expectativa grande no mercado. Então, o BC precisa fazer essa antecipação. O BC também trabalha com antecipação e é isso que está acontecendo agora", disse o diretor ao citar rapidamente a perspectiva de muitos analistas de que o Brasil pode receber volumes expressivos da moeda norte-americana no futuro. Uma das fontes desse possível fluxo pode ser a capitalização da Petrobras.
Aldo explicou que o BC mantém a estratégia de compra de dólares por dois motivos principais. O primeiro é a manutenção da liquidez adequada no mercado. "O BC entra no mercado para retirar a liquidez excedente porque ela pode ser benéfica ou maléfica na formação de preço", disse. O outro motivo das intervenções do BC é a volatilidade. "A gente não busca retirar a volatilidade do mercado. É intrínseco ao mercado ter volatilidade. Não nos compete retirar. Mas também não queremos colocar volatilidade adicional. Por isso, tentamos ao máximo a neutralidade", disse.
Nas últimas semanas, o Banco Central reforçou a estratégia de compra da moeda norte-americana e as reservas internacionais alcançaram a casa de US$ 260 bilhões nesta semana.
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