BC prevê déficit de US$ 6,7 bi para setor externo em janeiro
Estimativa, segundo chefe do Departamente Econômico, mostra continuidade do ajuste nas contas externas
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 13h15.
Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, projetou, para janeiro, um déficit de US$ 6,7 bilhões em conta corrente. Essa estimativa, segundo ele, mostra continuidade do ajuste nas contas externas.
Durante divulgação dos dados de setor externo, o técnico ainda celebrou o resultado dos Investimentos Diretos no País (recursos estrangeiros destinados ao setor produtivo). Em 2015, essa conta registrou ingresso de US$ 75,075 bilhões.
Para janeiro, a expectativa do BC é de que o ingresso desses investimentos fique em US$ 4,6 bilhões e, até dia 22, a parcial mostrava entrada de US$ 3,6 bilhões.
Apenas em dezembro, o IDP apresentou ingressos de US$ 15,211 bilhões, resultado classificado como expressivo e que foi influenciado por investimentos no setor elétrico (US$ 2 bilhões), de petróleo (US$ 1,4 bilhão) e automotivo (US$ 2,6 bilhões).
Remessa de lucros de dividendos
Maciel informou que em janeiro, até a sexta-feira, 22, a remessa de lucros e dividendos somava US$ 124 milhões . No mesmo período, o gasto com juros foi de US$ 3,276 bilhões e as despesas líquida com viagens, de US$ 180 milhões. Nesta última conta, entram despesas no valor de US$ 664 milhões e receitas no total de US$ 484 milhões.
O técnico informou também que nos primeiros 22 dias deste mês a saída de aplicações em ações foi de US$ 269 milhões, enquanto as saídas em Renda Fixa somaram US$ 1,094 bilhão.
No caso desses investimentos, Maciel disse que o Brasil registrou ingressos "significativos" de títulos no ano passado, embora tenha diminuído em relação a 2014. Sobre ações, a despeito de saídas usais no fim do ano, o técnico salientou que o resultado anual ainda ficou no azul. "O mercado é muito volátil", disse.
Maciel disse ainda que nesses primeiros dias do mês, a taxa de rolagem ficou em 21%, composta com 43% de títulos e 20% de empréstimos.
"Em 2015, tivemos amortizações do mesmo tamanho dos desembolsos (101%)", comparou. Agora, os dados mostram uma taxa de rolagem está muito baixa, mas isso é explicado pelo chefe de departamento pelo fato de o BC considerar em seus cálculos papéis com vencimentos superiores a 365 dias e as captações mais recentes terem sido feitas com prazo abaixo de um ano.
Fluxo cambial
O chefe do Departamento Econômico do BC afirmou que o ingresso de dólares no Brasil foi superior às saídas no acumulado de janeiro. Até o dia 22, o fluxo cambial total estava positivo em US$ 1,809 bilhão. Esse resultado foi formado por saldo no fluxo comercial positivo em US$ 3,219 bilhões e por um resultado negativo no financeiro em US$ 1,441 bilhão.
O saldo comercial do fluxo foi composto por exportações de US$ 9,872 bilhões, resultado formado por US$ 1,698 bilhão de Adiamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 2,842 bilhões em Pagamento Antecipado de exportação (PA) e US$ 5,332 bilhões na linha demais. As importações somaram US$ 6,653 bilhões.
No caso da linha financeira, o resultado foi formado por compras de US$ 20,751 bilhões e US$ vendas de US$ 22,161 bilhões. Maciel também apresentou a posição vendida dos bancos até 22 de janeiro.
Eles estavam vendidos em US$ 18,592 bilhões.
Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, projetou, para janeiro, um déficit de US$ 6,7 bilhões em conta corrente. Essa estimativa, segundo ele, mostra continuidade do ajuste nas contas externas.
Durante divulgação dos dados de setor externo, o técnico ainda celebrou o resultado dos Investimentos Diretos no País (recursos estrangeiros destinados ao setor produtivo). Em 2015, essa conta registrou ingresso de US$ 75,075 bilhões.
Para janeiro, a expectativa do BC é de que o ingresso desses investimentos fique em US$ 4,6 bilhões e, até dia 22, a parcial mostrava entrada de US$ 3,6 bilhões.
Apenas em dezembro, o IDP apresentou ingressos de US$ 15,211 bilhões, resultado classificado como expressivo e que foi influenciado por investimentos no setor elétrico (US$ 2 bilhões), de petróleo (US$ 1,4 bilhão) e automotivo (US$ 2,6 bilhões).
Remessa de lucros de dividendos
Maciel informou que em janeiro, até a sexta-feira, 22, a remessa de lucros e dividendos somava US$ 124 milhões . No mesmo período, o gasto com juros foi de US$ 3,276 bilhões e as despesas líquida com viagens, de US$ 180 milhões. Nesta última conta, entram despesas no valor de US$ 664 milhões e receitas no total de US$ 484 milhões.
O técnico informou também que nos primeiros 22 dias deste mês a saída de aplicações em ações foi de US$ 269 milhões, enquanto as saídas em Renda Fixa somaram US$ 1,094 bilhão.
No caso desses investimentos, Maciel disse que o Brasil registrou ingressos "significativos" de títulos no ano passado, embora tenha diminuído em relação a 2014. Sobre ações, a despeito de saídas usais no fim do ano, o técnico salientou que o resultado anual ainda ficou no azul. "O mercado é muito volátil", disse.
Maciel disse ainda que nesses primeiros dias do mês, a taxa de rolagem ficou em 21%, composta com 43% de títulos e 20% de empréstimos.
"Em 2015, tivemos amortizações do mesmo tamanho dos desembolsos (101%)", comparou. Agora, os dados mostram uma taxa de rolagem está muito baixa, mas isso é explicado pelo chefe de departamento pelo fato de o BC considerar em seus cálculos papéis com vencimentos superiores a 365 dias e as captações mais recentes terem sido feitas com prazo abaixo de um ano.
Fluxo cambial
O chefe do Departamento Econômico do BC afirmou que o ingresso de dólares no Brasil foi superior às saídas no acumulado de janeiro. Até o dia 22, o fluxo cambial total estava positivo em US$ 1,809 bilhão. Esse resultado foi formado por saldo no fluxo comercial positivo em US$ 3,219 bilhões e por um resultado negativo no financeiro em US$ 1,441 bilhão.
O saldo comercial do fluxo foi composto por exportações de US$ 9,872 bilhões, resultado formado por US$ 1,698 bilhão de Adiamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 2,842 bilhões em Pagamento Antecipado de exportação (PA) e US$ 5,332 bilhões na linha demais. As importações somaram US$ 6,653 bilhões.
No caso da linha financeira, o resultado foi formado por compras de US$ 20,751 bilhões e US$ vendas de US$ 22,161 bilhões. Maciel também apresentou a posição vendida dos bancos até 22 de janeiro.
Eles estavam vendidos em US$ 18,592 bilhões.