Economia

BC não é tolerante com inflação e agirá quando necessário

Brasília – O Banco Central (BC) está acompanhando as condições da economia para avaliar as ações necessárias ao combate à inflação, disse o presidente da autarquia, Alexandre Tombini, em audiência pública no Senado. Por causa da alta da inflação, o mercado financeiro espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumente a taxa […]


	O presidente do BC, Alexandre Tombini: o presidente do BC destacou que os preços agrícolas no atacado estão menores e que esse recuo ainda será repassado aos consumidores.
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente do BC, Alexandre Tombini: o presidente do BC destacou que os preços agrícolas no atacado estão menores e que esse recuo ainda será repassado aos consumidores. (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília – O Banco Central (BC) está acompanhando as condições da economia para avaliar as ações necessárias ao combate à inflação, disse o presidente da autarquia, Alexandre Tombini, em audiência pública no Senado.

Por causa da alta da inflação, o mercado financeiro espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumente a taxa básica de juros, a Selic, que deve encerrar 2013 em 8,5% ao ano. Atualmente, a Selic está em 7,25% ao ano.

Tombini disse que a inflação tem se mantido elevada por influência principalmente do segmento de alimentos e bebidas e pelo setor de serviços. De acordo com Tombini, ao se excluir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alimentos e bebidas, a inflação em 12 meses encerrados em fevereiro fica em torno de 5%.

O presidente do BC destacou que os preços agrícolas no atacado estão menores e que esse recuo ainda será repassado aos consumidores.

Tombini comentou ainda declarações da presidenta Dilma Rousseff sobre a inflação. Segundo ele, em nenhum momento, as declarações da presidenta sugeriram tolerância do governo com a inflação. “Nada do que foi dito pela presidenta implica qualquer tolerância com a inflação”, disse.

Ele acrescentou que “se e quando” achar necessário, o BC irá usar o instrumento de política monetária para fazer a “convergência da inflação se materializar”.


No semana passada, a presidenta Dilma disse ser contrária a medidas de combate à inflação que comprometam o ritmo de crescimento econômico do país. “Não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a questão da redução do crescimento econômico, até porque nós temos uma contraprova dada pela realidade”, disse.

“Esse receituário que quer matar o doente em vez de curar a doença, ele é complicado, você entende? Eu vou acabar com o crescimento do país? Isso daí está datado. Isso eu acho que é uma política superada”, acrescentou.

Depois das declarações, foi publicada uma nota Blog do Planalto para dizer que os comentários foram mal interpretados pelo mercado financeiro. “Foi uma manipulação inadmissível de minha fala. O combate à inflação é um valor em si mesmo e permanente do meu governo”, disse a presidenta, de acordo com o informe.

Segundo o Planalto, “agentes do mercado financeiro estavam interpretando erroneamente seus comentários como expressão de leniência em relação à inflação”. Além de divulgar a nota, Dilma Rousseff determinou que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, prestasse esclarecimentos sobre o assunto.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre TombiniBanco CentralEconomistasInflaçãoMercado financeiroPersonalidades

Mais de Economia

Brasil exporta 31 mil toneladas de biscoitos no 1º semestre de 2024

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Mais na Exame