Economia

BC diz que sistema bancário continua com "solidez"

Relatório divulgado pelo Banco Central mostrou que em todos os resultados de teste de estresse, o capital permaneceu em "nível confortável"

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2013 às 12h26.

Brasília - O Banco Central informou nesta quarta-feira que a capitalização das instituições financeiras no país continuou mostrando "solidez" do sistema bancário no segundo semestre de 2012 e que, em todos os resultados de teste de estresse, o capital permaneceu em "nível confortável".

"O Sistema Financeiro Nacional (SFN) continua solvente e mostrando resiliência grande", afirmou o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles, ao apresentar o Relatório de Estabilidade Financeira da autoridade monetária, com base de dados até o fim de dezembro passado.

Segundo o documento, o nível de endividamento das famílias brasileiras continuou crescendo nos últimos anos, chegando a 43,4 por cento no final do ano passado, ante 43,2 por cento em junho de 2012.

Segundo Anthero, essa elevação veio principalmente do aumento do crédito imobiliário e, diante da perspectiva de que esse segmento continuará crescendo, é possível que seja observada "alguma elevação do endividamento".

Segundo o relatório, o comprometimento de renda apresentou redução no último semestre, chegando a 21,9 por cento em dezembro, ante 22,9 por cento em junho de 2012.

"Tal comportamento é explicado principalmente pela queda na parcela de pagamentos de juros, impactada pela recente e relevante redução de taxas", traz o documento.

Segundo o diretor, indicadores antecedentes mostram que a redução da inadimplência da pessoa física no mercado de crédito tende a continuar e que haverá declínio da inadimplência das empresas.

Em fevereiro, último dado disponível, a inadimplência da pessoa física recuou 0,2 ponto percentual, para 7,7 por cento, segundo o próprio BC.

O relatório do BC também chamou a atenção para o fato de que houve melhora no perfil das captações dentro do SFN, com instrumentos com prazos mais longos "ganhando representatividade".

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBancosFinançasMercado financeiroServiços

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor