Economia

BC da China compra participações em empresas da Itália

Banco Central chinês já investiu cerca de 3 bilhões de euros em um momento em que procura diversificar suas aplicações


	Sede do banco central da China: investimentos de € 3 bilhões na Itália
 (Yongxinge/Wikimedia Commons)

Sede do banco central da China: investimentos de € 3 bilhões na Itália (Yongxinge/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 17h01.

Milão - O banco central da China está comprando participações em importantes companhias da Itália, apesar das fracas perspectivas econômicas do país, e já investiu cerca de 3 bilhões de euros em um momento em que procura diversificar suas aplicações para além de dívida governamental.

Documentos encaminhados ao regulador do mercado italiano Consob, nesta sexta-feira, mostram que o Banco Popular da China detém atualmente 2,014 por cento da Generali , maior seguradora da Itália e terceira maior da Europa em valor de mercado. A participação é avaliada em 471 milhões de euros a preços atuais.

A aquisição ocorreu apesar de dados econômicos mostrarem que a Itália voltou à recessão, o que gerou uma onda de venda de ações domésticas e bônus no começo da semana.

Comunicados enviados ao regulador Consob na segunda-feira mostram que o BC chinês também comprou participações de cerca de 2 por cento na maior fabricante de veículos da Itália, a Fiat , no maior grupo de telecomunicações do país, a Telecom Italia , e na Prysmian , maior fabricante de cabos do mundo.

Em março, o BC da China comprou participações semelhantes na operadora de gás e petróleo Eni , um investimento avaliado em 1,3 bilhão de euros, e na companhia elétrica italiana Enel .

"Ao invés de continuar com os títulos de baixo rendimento do governo italiano, os chineses procuram diversificar os seus investimentos, com foco em empresas de alto perfil com presença global", disse Marco Valli, economista-chefe da zona do euro do UniCredit.

Representantes do BC chinês não puderam ser contatados de imediato para comentários sobre os investimentos.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaEuropaFusões e AquisiçõesItáliaPaíses ricosPiigs

Mais de Economia

Brasil exporta 31 mil toneladas de biscoitos no 1º semestre de 2024

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Mais na Exame