Economia

BC da Austrália corta projeção inflacionária

RBA reduziu as projeções inflacionárias de curto prazo, aumentando o escopo para manter as taxas de juros baixas para apoiar o crescimento


	Mulheres passam em frente à sede do Banco da Reserva da Austrália (RBA), no distrito comercial de Sidney
 (Dan Himbrechts/Bloomberg/Bloomberg)

Mulheres passam em frente à sede do Banco da Reserva da Austrália (RBA), no distrito comercial de Sidney (Dan Himbrechts/Bloomberg/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 23h17.

Sydney - O Banco da Reserva da Austrália (RBA, na sigla em inglês) reduziu as projeções inflacionárias de curto prazo, aumentando o escopo para manter as taxas de juros baixas para apoiar o crescimento da economia.

No relatório trimestral sobre política monetária, o RBA projetou uma inflação de 3,0% em meados deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em fevereiro, a previsão era de uma taxa de 3,25%, que estava acima da meta de 2% a 3% do banco central.

Para a autoridade monetária da Austrália, a expectativa é de que a inflação permaneça dentro da meta pelos próximos dois anos. O núcleo da inflação deve alcançar 2,5% no fim deste ano, o que sugere que não há a necessidade de elevar os juros. "O cenário é incerto. A atual política monetária acomodatícia provavelmente é apropriada por mais algum tempo", disse o banco central.

O RBA também avaliou que há muita capacidade ociosa na economia, ajudando a compensar as pressões inflacionárias que surgem de um dólar australiano mais fraco - desde o ano passado, a moeda já depreciou cerca de 10% ante o dólar norte-americano.

No início da semana, o banco central manteve a taxa de juro na mínima histórica de 2,5% ao ano pela oitava reunião consecutiva. A intenção é impulsionar setores da economia à medida que os investimentos em mineração perdem força, o que tem levado a uma série de cortes de postos de trabalho.

Também nesta sexta-feira, o RBA elevou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano até junho para 3%, de 2,75% anteriormente.

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