Economia

BC da Argentina corta juros de 80% para 70% e cita 'pronunciada desaceleração' da inflação

Instituição também afirma que o cenário abriu espaço para a resolução de desequilíbrios provenientes da monetização do déficit fiscal

Javier Milei, presidente da Argentina (Juan MABROMATA/AFP Photo)

Javier Milei, presidente da Argentina (Juan MABROMATA/AFP Photo)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 11 de abril de 2024 às 15h44.

Última atualização em 11 de abril de 2024 às 15h46.

O Banco Central da República da Argentina (BCRA) anunciou nesta quinta-feira, 11, corte de 10 pontos porcentuais na principal taxa de juros, para 70%. Em comunicado, a autoridade monetária cita uma "pronunciada desaceleração" da inflação no país, apesar do forte carrego estatístico das leituras elevadas em meses anteriores.

A instituição também chama atenção para a moderação da emissão monetária, que permite uma "melhora" no balanço do BC.

O cenário abriu espaço para a resolução de desequilíbrios provenientes da monetização do déficit fiscal, de acordo com a nota.

"Dessa maneira, avança-se em direção à meta de financiamento acumulado igual a zero para o ano de 2024, acertado em memorando de políticas econômicas e financeiras com o FMI", ressalta, em referência ao Fundo Monetário Internacional.

O BC argentino também destacou a "ampla aceitação" aos Bônus para Reconstrução de Uma Argentina Livre (BOPREAL), uma série de títulos em dólar emitidos no começo do governo do presidente Javier Milei.

Em fevereiro, o índice de preços ao consumidor da Argentina avançou 13,2% na comparação com o mês anterior, uma desaceleração ante o avanço de 20,6% em janeiro. Na sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) divulgará a leitura de março do indicador.

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