Economia

Barbosa não é melhor escolha para controlar gastos, diz IBPT

Na opinião de Amaral, o novo ministro da Fazenda deve enfrentar a crise econômica buscando a saída da crise pela ótica do aumento de impostos


	Nelson Barbosa: na opinião de Amaral, o novo ministro da Fazenda deve enfrentar a crise econômica buscando a saída da crise pela ótica do aumento de impostos
 (Valter Campanato/ABr)

Nelson Barbosa: na opinião de Amaral, o novo ministro da Fazenda deve enfrentar a crise econômica buscando a saída da crise pela ótica do aumento de impostos (Valter Campanato/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 19h00.

São Paulo - A condução de Nelson Barbosa para o Ministério da Fazenda pode não ter sido uma boa escolha da presidente Dilma Rousseff, na opinião do coordenador de estudos do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, Gilberto Luiz do Amaral.

"A troca pelo Barbosa não foi a melhor medida porque o País precisa controle do gasto público, e ele demonstra ter mais flexibilidade com contas públicas, não tanto quanto o ex-ministro Guido Mantega", disse.

Na opinião de Amaral, o novo ministro da Fazenda deve enfrentar a crise econômica buscando a saída da crise pela ótica do aumento de impostos.

"A visão dele sobre como enfrentar a crise não é pelo corte de gastos, mas sim pelo aumento da receita. Isso vai penalizar ainda mais setor produtivo e do consumidor", afirmou.

FGV

Para o pesquisador do Ibre/FGV Samuel Pessoa a escolha de Barbosa para suceder a Levy era esperada e ele não espera grandes mudanças na economia.

"A política que foi feita este ano, em grossas medidas, é a política que Barbosa faria. Levy pensou num ajuste mais profundo, que dependeria de negociação ampla com o Congresso, um esforço político muito maior do que a presidente Dilma Rousseff estava disposta a fazer", comentou.

Para ele, não houve um ajuste fiscal de fato este ano, com os cortes de gastos se concentrando nos investimentos. Segundo Pessoa, um lado bom da mudança na Fazenda é que Barbosa tem um perfil muito mais compatível com o resultado das urnas em 2014.

"O povo não votou no ajuste de Levy, por isso que o ajuste não deu certo. Em uma sociedade complexa como a brasileira, não dá para fazer um ajuste desse sem negociar antes."

Pessoa não acredita que, com a saída de Levy, o governo possa voltar a praticar manobras contábeis, como as chamadas pedaladas fiscais. "Isso não vai se repetir, não. Saiu muito caro para eles", comenta.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEconomistasMinistério da FazendaNelson BarbosaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor