Economia

Balança comercial tem superávit recorde para junho, de US$7,2 bi

O resultado do mês ficou em linha com a expectativa de analistas e veio de exportações de US$ 19,788 bilhões e importações de US$ 12,593 bilhões

Exportação e importação: os destaques ficaram por conta das vendas de petróleo em bruto, que saltaram 114,1% (Arquivo/AFP)

Exportação e importação: os destaques ficaram por conta das vendas de petróleo em bruto, que saltaram 114,1% (Arquivo/AFP)

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Reuters

Publicado em 3 de julho de 2017 às 15h35.

Última atualização em 3 de julho de 2017 às 15h45.

Brasília - A balança comercial brasileira registrou superávit de 7,195 bilhões de dólares em junho, melhor resultado para o mês desde o início da série histórica em 1989, fechando o segundo trimestre com saldo positivo de 21,821 bilhões de dólares, informou nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O resultado do mês ficou em linha com a expectativa de superávit de 7 bilhões de dólares, segundo pesquisa Reuters com analistas, e veio principalmente da expressiva alta nas exportações, que avançaram 23,9 por cento na comparação anual, pela média diária, a 19,788 bilhões de dólares.

Com isso, as vendas de produtos brasileiros deram sequência ao comportamento visto nos últimos meses, em parte impulsionadas por melhores preços de commodities na comparação com igual período de 2016.

As importações também cresceram em junho, mas em ritmo bem mais modesto, em meio à recuperação ainda fraca da economia brasileira. A alta foi de 3,3 por cento sobre igual mês do ano passado, também pela média diária, a 12,593 bilhões de dólares.

No acumulado do primeiro semestre, a balança comercial teve um saldo positivo de 36,219 bilhões de dólares --recorde para o período.

Em função dos expressivos resultados alcançados até agora, o ministério já havia melhorado sua expectativa para o ano, com projeção de saldo positivo de 55 bilhões de dólares nas trocas comerciais, sobre cerca de 50 bilhões de dólares anteriormente. Se confirmado, este será o melhor desempenho já entregue pelo Brasil.

Destaques em junho

Do lado das exportações, houve aumento expressivo nos embarques de básicos (+28,5 por cento), semimanufaturados (+28,2 por cento) e manufaturados (+16,1 por cento) em junho sobre um ano antes.

Os destaques ficaram por conta das vendas de petróleo em bruto, que saltaram 114,1 por cento na mesma base de comparação, a 2 bilhões de dólares, e de minério de ferro, que cresceram 32,2 por cento, a 1,4 bilhão de dólares.

Com importante peso na balança, as exportações de soja em grão também subiram 18,2 por cento sobre junho do ano passado, a 3,4 bilhões de dólares.

Mesmo após os Estados Unidos terem suspendido em meados do mês passado a importação de carne bovina in natura do Brasil após alta porcentagem de embarques não terem passado pelos testes de segurança, as vendas de carne bovina brasileira, de maneira geral, subiram 16,6 por cento em junho sobre igual mês do ano passado, a 422 milhões de dólares.

As importações no mês tiveram comportamento menos uniforme. De um lado, as compras de bens de capital caíram 50,5 por cento e, de outro, subiram as compras de combustíveis e lubrificantes (62,4 por cento), bens intermediários (+13,6 por cento) e bens de consumo (+7,6 por cento).

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