Economia

Autoridades do Fed preveem alta suave do juro nos EUA

O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, disse que não espera uma "grande surpresa" ou grande reação do mercado


	O presidente do Fed de Nova York, William Dudley: ele não espera uma "grande surpresa"
 (Mike Segar/REUTERS)

O presidente do Fed de Nova York, William Dudley: ele não espera uma "grande surpresa" (Mike Segar/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2015 às 13h29.

Nova York - Autoridades do Federal Reserve continuaram a apontar dezembro como um momento possível para elevar os juros após mantê-los perto de zero por sete anos, com duas expressando confiança de que o banco central norte-americano será capaz de fazê-lo de forma suave, apesar de temores sobre uma possível reação abrupta nos mercados.

Investidores reagiram aumentando as apostas sobre as chances de uma alta de juros no mês que vem para 72 por cento, ante 64 por cento na terça-feira, de acordo com os mercados futuros.

A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, repetiu sua posição de que a economia dos EUA está forte o suficiente para absorver um modesto aperto monetário. O presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, sentado ao lado dela em painel em Nova York, disse que os mercados financeiros se acalmaram desde as turbulências em agosto que levaram o banco central a postergar o aumento de juros.

"Estou agora razoavelmente satisfeito que a situação tenha se acalmado... Então estou confortável com aumentar os juros em breve, desde que não haja uma deterioração marcada das condições econômicas", afirmou Lockhart em conferência.

"Acredito que em breve será apropriado começar uma nova fase de política monetária", afirmou, acrescentando que vai monitorar os indicadores econômicos entre agora e a reunião em 15 e 16 de dezembro, na qual tem poder de voto. Mester volta a ter poder de voto no ano que vem, segundo as regras de rotatividade.

As declarações foram dadas antes da publicação da ata da reunião de outubro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), quando o Fed, buscando enviar uma mensagem a mercados céticos, divulgou comunicado no qual fez referência específica a dezembro como um possível momento para a alta de juros.

O presidente do Fed de Nova York, William Dudley disse à conferência que não espera uma "surpresa imensa" ou uma grande reação nos mercados à elevação em parte porque ela já foi telegrafada em alto e bom som.

Trilhões de dólares em reservas estacionadas em bancos e temores de que os mercados de títulos estão menos líquidos e estáveis do que no passado também ampliaram preocupações com a possibilidade de a alta de juros do Fed ser recebida com intensa volatilidade.

Lockhart disse estar "muito confiante" sobre as novas ferramentas e salientou que o foco agora está em decidir se os juros serão elevados na reunião do mês que vem.

Ele disse que quaisquer preocupações remanescentes sobre a força do mercado de trabalho já se dissiparam o suficiente para autorizar uma alta de juros. Sobre a inflação, ele disse que o cenário é menos claro, mas ele espera que os preços subam à medida que a pressão proveniente da alta do dólar e da queda dos preços de petróleo se dissipa.

Texto atualizado às 14h28.

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