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Aumento de IOF tem efeito limitado, diz Delfim Netto

Economista considera que medida é é um ato “de legítima defesa", mas considera que não haverá efeito a longo prazo

O ex-ministro Delfim Netto: governo tomou a medida que todos estão tomando (Carol do Valle /VEJA)
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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 13h27.

São Paulo – O economista e ex-ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto afirmou hoje (7) que o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para bancos e empresas que peguem empréstimos no exterior por menos de dois anos é um ato “de legítima defesa”. Segundo ele, porém, o efeito da medida, anunciada pelo governo para conter a queda na cotação do dólar, é limitado.

“Todos sabem que este tipo de decisão tem pouca importância. O governo tomou essa decisão em legítima defesa como todos [os governos] estão tomando”, disse Delfim Netto ao participar, nesta manhã, de um debate promovido pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

O economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros, também esteve no evento e comentou o aumento do IOF. “A medida tem o papel de resistência, mas não muda o curso da história. A taxa [de câmbio] deve manter o patamar e, dependendo de medidas complementares, pode quebrar a barreira do R$ 1,60”.

Para Barros, o dólar só deve voltar a subir quando as taxas básicas de juros das grandes economias voltarem a subir. Isso deve demorar entre dois e três anos para acontecer, segundo ele.

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“Todos sabem que este tipo de decisão tem pouca importância. O governo tomou essa decisão em legítima defesa como todos [os governos] estão tomando”, disse Delfim Netto ao participar, nesta manhã, de um debate promovido pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

O economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros, também esteve no evento e comentou o aumento do IOF. “A medida tem o papel de resistência, mas não muda o curso da história. A taxa [de câmbio] deve manter o patamar e, dependendo de medidas complementares, pode quebrar a barreira do R$ 1,60”.

Para Barros, o dólar só deve voltar a subir quando as taxas básicas de juros das grandes economias voltarem a subir. Isso deve demorar entre dois e três anos para acontecer, segundo ele.

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