Ouro: só os 172 bilionários americanos ganharam R$ 500 bilhões (Ingram Publishing/Thinkstock)
João Pedro Caleiro
Publicado em 27 de dezembro de 2019 às 19h54.
A expansão de uma gigante presença nas redes sociais, uma música pegajosa sobre uma família de tubarões e uma coleção crescente de ferros-velhos são apenas algumas das maneiras curiosas que ajudaram a tornar 2019 um ano fértil para fortunas em todo o mundo.
Kylie Jenner tornou-se a mais jovem bilionária este ano depois que sua empresa, a Kylie Cosmetics, fechou uma parceria exclusiva com a Ulta Beauty. Jenner vendeu uma participação de 51% por US$ 600 milhões.
Faz quase dois meses desde que o Washington Nationals conquistou seu primeiro campeonato da World Series, mas pessoas de todo o mundo ainda cantam o grito de guerra adotado pelo time de beisebol: “Baby Shark, doo-doo-doo-doo-doo-doo”. A família coreana que ajudou a popularizar a canção agora vale cerca de US$ 125 milhões.
Até acidentes de carro acabaram se transformando num tesouro. Willis Johnson, o nativo de Oklahoma que fundou a Copart, acumulou uma fortuna de US$ 1,9 bilhão ao montar uma rede de ferros-velhos para vender automóveis danificados.
Os ricos ficam cada vez mais ricos. As 500 pessoas mais ricas do mundo rastreadas pelo Índice de Bilionários Bloomberg ganharam US$ 1,2 trilhão este ano, um aumento de 25% do patrimônio líquido total, para US$ 5,9 trilhões.
Tais ganhos certamente esquentarão o debate já acalorado sobre o aumento da riqueza e da desigualdade de renda. Nos EUA, os 0,1% mais ricos controlam uma fatia maior do bolo do que em qualquer outro momento desde 1929, levando alguns políticos a pedirem uma reestruturação radical da economia.
Os principais ganhos de 2019 foram registrados pelo francês Bernard Arnault, que ganhou US$ 36,5 bilhões e subiu no índice Bloomberg para se tornar a terceira pessoa mais rica do mundo e um dos três centibilionários - aqueles com patrimônio líquido de pelo menos US$ 100 bilhões.
Ao todo, apenas 52 pessoas no ranking registraram queda do patrimônio no ano. Jeff Bezos, fundador da Amazon.com, perdeu quase US$ 9 bilhões, mas a queda é explicada pelo acordo de divórcio com MacKenzie Bezos. O titã do comércio eletrônico ainda está terminando o ano como a pessoa mais rica do mundo.