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Argentina questiona suposta tendência nos relatórios da OMC

A Argentina reivindicou que os relatórios da OMC devem ser "mais equilibrados e não oferecer uma visão parcial e tendenciosa"

Brasileiros vão para Buenos Aires atrás da suculenta carne bovina dos Pampas, dos vinhos das províncias de Mendoza, San Juan e Salta, dos acrobáticos shows de tango
DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2012 às 19h17.

Buenos Aires - Argentina disse nesta quinta-feira que junto a outros países, como o Brasil e a Índia, questionou na Organização Mundial do Comércio (OMC) o que para o governo do país representa uma 'tendência' nos relatórios desse organismo.

A Chancelaria argentina disse em comunicado que o assunto foi colocado em reunião realizada pelo Órgão de Exame de Políticas Comerciais da OMC ontem.

Ali, segundo a nota oficial, 'A Argentina, junto com outros países em desenvolvimento, como Brasil, Índia e África do Sul, questionou o viés dos relatórios de medidas comerciais elaborados pelo diretor-geral da OMC'.

'As críticas se concentraram no fato de que os relatórios não incluem referências aos vários programas de ajudas governamentais, subsídios e pacotes de estímulo que os países desenvolvidos implementam frente à crise e seu impacto negativo no comércio internacional', explica o comunicado.

A Argentina reivindicou que os relatórios da OMC devem ser 'mais equilibrados e não oferecer uma visão parcial e tendenciosa' sobre a situação do comércio internacional a favor dos países desenvolvidos 'como vem fazendo até agora'.


Segundo o governo de Cristina Kirchner, esses relatórios 'tendem a minimizar as severas distorções dos mercados agrícolas, produto de políticas protecionistas de longa data aplicadas pelos países desenvolvidos'.

De acordo com a posição argentina, os relatórios 'também não abordam o impacto da crescente proliferação de medidas sanitárias, fitossanitárias (de agrotóxicos) e técnicas sem suficiente justificativa científica e técnica, prejudicando os produtores dos países em desenvolvimento'.

'Tanto que durante a apresentação do último Relatório de Comércio Mundial da OMC, seu próprio diretor-geral, Pascal Lamy, reconheceu que as barreiras não tarifárias poderiam ser utilizadas com fins protecionistas e advertiu, alinhado à reivindicação da Argentina, que 'é um bom momento para que a OMC vigie mais de perto as barreiras não tarifárias'', afirmou a Chancelaria.

Mais tarde, em um ato na sede do Executivo, a presidente argentina, Cristina Kirchner, disse que a OMC 'tem uma medida para os países emergentes e seus produtos e outra medida para os produtos dos países desenvolvidos'.

A governante se queixou que a OMC 'não considera impedimentos comerciais todas as barreiras fitossanitárias, todas as promoções e os subsídios que os produtos agrícolas têm na Europa e no resto do mundo desenvolvido'.

'Isso tem que terminar e estou contente de que o Brasil, a Índia e a África do Sul tenham assumido essa postura também', afirmou a chefe de Estado argentina.

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Buenos Aires - Argentina disse nesta quinta-feira que junto a outros países, como o Brasil e a Índia, questionou na Organização Mundial do Comércio (OMC) o que para o governo do país representa uma 'tendência' nos relatórios desse organismo.

A Chancelaria argentina disse em comunicado que o assunto foi colocado em reunião realizada pelo Órgão de Exame de Políticas Comerciais da OMC ontem.

Ali, segundo a nota oficial, 'A Argentina, junto com outros países em desenvolvimento, como Brasil, Índia e África do Sul, questionou o viés dos relatórios de medidas comerciais elaborados pelo diretor-geral da OMC'.

'As críticas se concentraram no fato de que os relatórios não incluem referências aos vários programas de ajudas governamentais, subsídios e pacotes de estímulo que os países desenvolvidos implementam frente à crise e seu impacto negativo no comércio internacional', explica o comunicado.

A Argentina reivindicou que os relatórios da OMC devem ser 'mais equilibrados e não oferecer uma visão parcial e tendenciosa' sobre a situação do comércio internacional a favor dos países desenvolvidos 'como vem fazendo até agora'.


Segundo o governo de Cristina Kirchner, esses relatórios 'tendem a minimizar as severas distorções dos mercados agrícolas, produto de políticas protecionistas de longa data aplicadas pelos países desenvolvidos'.

De acordo com a posição argentina, os relatórios 'também não abordam o impacto da crescente proliferação de medidas sanitárias, fitossanitárias (de agrotóxicos) e técnicas sem suficiente justificativa científica e técnica, prejudicando os produtores dos países em desenvolvimento'.

'Tanto que durante a apresentação do último Relatório de Comércio Mundial da OMC, seu próprio diretor-geral, Pascal Lamy, reconheceu que as barreiras não tarifárias poderiam ser utilizadas com fins protecionistas e advertiu, alinhado à reivindicação da Argentina, que 'é um bom momento para que a OMC vigie mais de perto as barreiras não tarifárias'', afirmou a Chancelaria.

Mais tarde, em um ato na sede do Executivo, a presidente argentina, Cristina Kirchner, disse que a OMC 'tem uma medida para os países emergentes e seus produtos e outra medida para os produtos dos países desenvolvidos'.

A governante se queixou que a OMC 'não considera impedimentos comerciais todas as barreiras fitossanitárias, todas as promoções e os subsídios que os produtos agrícolas têm na Europa e no resto do mundo desenvolvido'.

'Isso tem que terminar e estou contente de que o Brasil, a Índia e a África do Sul tenham assumido essa postura também', afirmou a chefe de Estado argentina.

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