Aprendam com o Brasil, diz Eike Batista aos EUA
O Brasil "poderia viver em isolamento esplêndido", disse Eike durante visita a Nova York
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2011 às 09h06.
Nova York - O homem mais rico do Brasil tem uma mensagem para os Estados Unidos -- sigam o nosso exemplo.
Os Estados Unidos devem exigir que uma parcela maior dos produtos que os norte-americanos consomem seja produzida internamente para estimular o crescimento do emprego, como o Brasil tem feito, disse à Reuters o bilionário Eike Batista nesta sexta-feira.
As regras de "conteúdo nacional" na produção brasileira estão ajudando a expandir a construção naval do país e os serviços de petróleo, segundo Eike. Ele disse que empresas como a gigante varejista Wal-Mart devem exigir que os fornecedores chineses produzam parte dos produtos dentro dos Estados Unidos.
"Eu acho que vocês fariam bem, vocês trariam as fábricas de volta à América", disse Eike em entrevista no edifício da Reuters em Nova York. "Se eu fosse americano, eu ficaria bravo com Wal-Mart. Por que 68, 70 por cento dos produtos vem da China?".
Eike disse que, se produtos como vassouras que o Wal-mart terceiriza para a China fossem em grande parte feitos nos Estados Unidos, os maiores custos para os consumidores seriam compensados pelos benefícios mais amplos da criação de empregos locais.
Ele disse que os EUA têm levado ao limite seu modelo econômico, concentrando esforços em lucro a curto prazo às custas de necessidades mais amplas da sociedade, e sem conseguir corresponder aos interesses dos acionistas de empresas norte-americanas.
Enquanto a Europa enfrenta uma crise de dívida e os Estados Unidos podem entrar em recessão, as indústrias de commodities em expansão no Brasil e o forte mercado interno do país devem impulsionar o crescimento econômico brasileiro para cerca de 3,5 por cento este ano.
O Brasil "poderia viver em isolamento esplêndido", disse Eike.
O empresário, considerado a oitava pessoa mais rica do mundo pela Forbes, é o acionista controlador do grupo EBX, cujas empresas operam na mineração, energia e construção naval, entre outros setores.
Regras de conteúdo local podem não criar indústrias mundialmente competitivas imediatamente e os custos podem ser elevados a curto prazo, mas são compensadas por benefícios de longo prazo para o crescimento, disse Eike.
"Você emprega muita gente - é imposto, é criação de empregos e preservação de empregos", acrescentou.
Os Estados Unidos também perderam terreno econômico para países como Brasil ou Alemanha porque suas melhores e mais brilhantes mentes têm buscado trabalho no setor financeiro, em vez de engenharia ou inovação e desenvolvimento, segundo Eike.
Muitas empresas norte-americanas têm sofrido com lideranças ruins que procuram copiar o que outros têm feito ao invés de assumir riscos e responder às mudanças. Executivos das empresas são muitas vezes focados em fazer seus bônus ao invés de inovar, afirmou.
"Há uma desconexão na América, eu sinto, com a falta de alinhamento de interesses", disse ele.
Nova York - O homem mais rico do Brasil tem uma mensagem para os Estados Unidos -- sigam o nosso exemplo.
Os Estados Unidos devem exigir que uma parcela maior dos produtos que os norte-americanos consomem seja produzida internamente para estimular o crescimento do emprego, como o Brasil tem feito, disse à Reuters o bilionário Eike Batista nesta sexta-feira.
As regras de "conteúdo nacional" na produção brasileira estão ajudando a expandir a construção naval do país e os serviços de petróleo, segundo Eike. Ele disse que empresas como a gigante varejista Wal-Mart devem exigir que os fornecedores chineses produzam parte dos produtos dentro dos Estados Unidos.
"Eu acho que vocês fariam bem, vocês trariam as fábricas de volta à América", disse Eike em entrevista no edifício da Reuters em Nova York. "Se eu fosse americano, eu ficaria bravo com Wal-Mart. Por que 68, 70 por cento dos produtos vem da China?".
Eike disse que, se produtos como vassouras que o Wal-mart terceiriza para a China fossem em grande parte feitos nos Estados Unidos, os maiores custos para os consumidores seriam compensados pelos benefícios mais amplos da criação de empregos locais.
Ele disse que os EUA têm levado ao limite seu modelo econômico, concentrando esforços em lucro a curto prazo às custas de necessidades mais amplas da sociedade, e sem conseguir corresponder aos interesses dos acionistas de empresas norte-americanas.
Enquanto a Europa enfrenta uma crise de dívida e os Estados Unidos podem entrar em recessão, as indústrias de commodities em expansão no Brasil e o forte mercado interno do país devem impulsionar o crescimento econômico brasileiro para cerca de 3,5 por cento este ano.
O Brasil "poderia viver em isolamento esplêndido", disse Eike.
O empresário, considerado a oitava pessoa mais rica do mundo pela Forbes, é o acionista controlador do grupo EBX, cujas empresas operam na mineração, energia e construção naval, entre outros setores.
Regras de conteúdo local podem não criar indústrias mundialmente competitivas imediatamente e os custos podem ser elevados a curto prazo, mas são compensadas por benefícios de longo prazo para o crescimento, disse Eike.
"Você emprega muita gente - é imposto, é criação de empregos e preservação de empregos", acrescentou.
Os Estados Unidos também perderam terreno econômico para países como Brasil ou Alemanha porque suas melhores e mais brilhantes mentes têm buscado trabalho no setor financeiro, em vez de engenharia ou inovação e desenvolvimento, segundo Eike.
Muitas empresas norte-americanas têm sofrido com lideranças ruins que procuram copiar o que outros têm feito ao invés de assumir riscos e responder às mudanças. Executivos das empresas são muitas vezes focados em fazer seus bônus ao invés de inovar, afirmou.
"Há uma desconexão na América, eu sinto, com a falta de alinhamento de interesses", disse ele.