Economia

Antecedente de Emprego é o maior desde maio de 2014

A alta de abril foi influenciada pelo quesito da Sondagem da Indústria que chegou a variar 10,8%


	Emprego: a alta de abril foi influenciada pelo quesito da Sondagem da Indústria que chegou a variar 10,8%
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Emprego: a alta de abril foi influenciada pelo quesito da Sondagem da Indústria que chegou a variar 10,8% (Paulo Fridman/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2016 às 09h27.

Rio de Janeiro - O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 3,7% em abril deste ano, alcançando 76,5 pontos, o maior nível desde maio de 2014, quando chegou a 79,3 pontos.

Os dados foram divulgados hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Com o resultado de abril, o indicador de médias móveis trimestrais (a comparação entre os três meses encerrados em abril com os três encerrados em fevereiro) acusou alta de 1,5%, a sexta consecutiva, sinalizando, na avaliação da FGV, “uma acomodação no ritmo de queda do pessoal ocupado na economia brasileira ao longo dos próximos meses.”

A alta de abril foi influenciada pelo quesito da Sondagem da Indústria, que mede o grau de otimismo em relação à evolução da situação dos negócios nos próximos seis meses, e que chegou a variar 10,8%.

Apesar do resultado ruim em abril, o economista da FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho vê movimentos que indicam melhora na margem.

“Embora o Indicador Antecedente de Emprego permaneça abaixo da média histórica e o Indicador Coincidente de Desemprego, acima. Ou seja, o mercado de trabalho encontra-se em uma situação ruim.”

Desaceleração

Para o economista, a boa notícia é que os movimentos recentes mostram uma melhora na margem.

“Esses movimentos evidenciam que, embora o mercado de trabalho deva continuar se deteriorando nos próximos meses, o ritmo da piora está desacelerando”, afirma.

Os dados de abril sobre O Indicador Antecedente de Desemprego indicam, também, que o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) apresentou queda em abril, ao variar -1,9%, atingindo 95,6 pontos.

É o quarto recuo consecutivo do indicador, que alcançou o menor nível desde setembro de 2015 (92,6 pontos). “A tendência do ICD sinaliza um arrefecimento da evolução negativa da taxa de desemprego”, analisa a FGV.

Ainda em relação ao ICD, as classes que mais contribuíram para a queda do indicador foram as dos consumidores com renda mensal entre R$ 4.800 e R$ 9.600, cujo indicador de percepção de facilidade de se conseguir emprego (invertido) variou -4,3%, Ao mesmo tempo, o ICD dos consumidores, com renda entre R$ 2,1mil e R$ 4,8 mil, variou -3,7%.

Acompanhe tudo sobre:DesempregoEmprego formalEmpresasFGV - Fundação Getúlio Vargas

Mais de Economia

Contas externas têm saldo negativo de US$ 3,1 bilhões em novembro

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025