Anefac: Brasil é 14º lugar em ranking de desenvolvimento
Levantamento coloca país atrás da Argentina e da Rússia, mas a frente de China e Índia
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2011 às 16h24.
São Paulo - O Brasil ocupa o 14º lugar no ranking de desenvolvimento dos países que fazem parte do G-20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo), segundo indicador divulgado hoje pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A classificação leva em conta nove quesitos que apontam o desenvolvimento da economia e da população dos países - como saúde, educação e renda -, a partir de dados fornecidos pelos próprios governos à Organização das Nações Unidas (ONU).
Foram considerados os dados de 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia. A União Europeia, que também faz parte do G-20, não entrou no ranking.
A pesquisa aponta a Austrália como líder em desenvolvimento, com 6,876 pontos, seguida por Alemanha (6,633 pontos) e França (6,521 pontos). O Brasil (4,276 pontos) aparece em 14º lugar, atrás de países como Argentina (5,104 pontos), em 10º, e Arábia Saudita (4,500 pontos), em 13º.
Segundo o ranking elaborado pela Anefac, o Brasil é o segundo país mais bem classificado entre os emergentes que compõem o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Nesta comparação, o País fica atrás somente da Rússia, que aparece em 11º lugar, com 5,034 pontos.
Para o Brasil se transformar definitivamente em um país desenvolvido, os coordenadores da pesquisa, Gianni Ricciardi e Roberto Vertamatti, defendem a necessidade de ações consistentes na educação e na distribuição de renda, fatores em que o País teve desempenho ruim.
Indicadores
No quesito Saúde, o Brasil repete a posição geral e ocupa o 14º lugar no ranking da Anefac. O desempenho brasileiro é afetado pelo nível baixo de gastos públicos com saúde, equivalente a apenas 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Em países mais desenvolvidos na área, como a França, os gastos chegam a 8,7% do PIB.
A expectativa de vida ao nascer no Brasil, de 72,9 anos, também é bem inferior a de países líderes como Japão, de 83,2 anos, e Austrália, de 81,9 anos. Por outro lado, apenas 6% da população brasileira é afetada pela desnutrição, índice próximo aos melhores colocados, como França e Austrália (5% em ambos os casos).
Na categoria Educação, o Brasil fica em 12º lugar. A pesquisa mostra que, enquanto no Brasil as crianças ficam em média 13,8 anos na escola, nos países mais desenvolvidos esse período fica ao redor de 16 anos. Com relação ao uso de internet, no Brasil são 37,5 usuários a cada 100 habitantes, enquanto nos países desenvolvidos os usurários são em torno de 75 cidadãos a cada 100.
Mesmo com PIB de US$ 2,1 trilhões, o oitavo maior do mundo, os indicadores de renda posicionam o Brasil em 15º lugar no ranking do G-20. Isso ocorre em função da renda per capita baixa no País, de US$ 10,847, praticamente um terço da renda per capita dos países desenvolvidos. O único indicador em que o Brasil lidera é o de Sustentabilidade, com destaque para a baixa emissão de carbono e o alto porcentual de território protegido contra o desmatamento (28%). Nos Estados Unidos, são 14,8% e, no Canadá, 8%.
São Paulo - O Brasil ocupa o 14º lugar no ranking de desenvolvimento dos países que fazem parte do G-20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo), segundo indicador divulgado hoje pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A classificação leva em conta nove quesitos que apontam o desenvolvimento da economia e da população dos países - como saúde, educação e renda -, a partir de dados fornecidos pelos próprios governos à Organização das Nações Unidas (ONU).
Foram considerados os dados de 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia. A União Europeia, que também faz parte do G-20, não entrou no ranking.
A pesquisa aponta a Austrália como líder em desenvolvimento, com 6,876 pontos, seguida por Alemanha (6,633 pontos) e França (6,521 pontos). O Brasil (4,276 pontos) aparece em 14º lugar, atrás de países como Argentina (5,104 pontos), em 10º, e Arábia Saudita (4,500 pontos), em 13º.
Segundo o ranking elaborado pela Anefac, o Brasil é o segundo país mais bem classificado entre os emergentes que compõem o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Nesta comparação, o País fica atrás somente da Rússia, que aparece em 11º lugar, com 5,034 pontos.
Para o Brasil se transformar definitivamente em um país desenvolvido, os coordenadores da pesquisa, Gianni Ricciardi e Roberto Vertamatti, defendem a necessidade de ações consistentes na educação e na distribuição de renda, fatores em que o País teve desempenho ruim.
Indicadores
No quesito Saúde, o Brasil repete a posição geral e ocupa o 14º lugar no ranking da Anefac. O desempenho brasileiro é afetado pelo nível baixo de gastos públicos com saúde, equivalente a apenas 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Em países mais desenvolvidos na área, como a França, os gastos chegam a 8,7% do PIB.
A expectativa de vida ao nascer no Brasil, de 72,9 anos, também é bem inferior a de países líderes como Japão, de 83,2 anos, e Austrália, de 81,9 anos. Por outro lado, apenas 6% da população brasileira é afetada pela desnutrição, índice próximo aos melhores colocados, como França e Austrália (5% em ambos os casos).
Na categoria Educação, o Brasil fica em 12º lugar. A pesquisa mostra que, enquanto no Brasil as crianças ficam em média 13,8 anos na escola, nos países mais desenvolvidos esse período fica ao redor de 16 anos. Com relação ao uso de internet, no Brasil são 37,5 usuários a cada 100 habitantes, enquanto nos países desenvolvidos os usurários são em torno de 75 cidadãos a cada 100.
Mesmo com PIB de US$ 2,1 trilhões, o oitavo maior do mundo, os indicadores de renda posicionam o Brasil em 15º lugar no ranking do G-20. Isso ocorre em função da renda per capita baixa no País, de US$ 10,847, praticamente um terço da renda per capita dos países desenvolvidos. O único indicador em que o Brasil lidera é o de Sustentabilidade, com destaque para a baixa emissão de carbono e o alto porcentual de território protegido contra o desmatamento (28%). Nos Estados Unidos, são 14,8% e, no Canadá, 8%.