Economia

Aneel adia análise de débitos e créditos da Eletrobras

Motivo do adiamento da análise dos casos, que envolvem as subsidiárias responsáveis pelo fornecimento em AC, AM, RO e RR, não foi divulgado

Eletrobras: companhia se comprometeu a assumir os eventuais créditos e débitos das distribuidoras (Nadia Sussman/Bloomberg)

Eletrobras: companhia se comprometeu a assumir os eventuais créditos e débitos das distribuidoras (Nadia Sussman/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 15 de maio de 2018 às 15h36.

São Paulo - A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) retirou da pauta de sua reunião semanal desta terça-feira a análise de quatro processos sobre possíveis débitos ou créditos de distribuidoras de energia da estatal Eletrobras junto a fundos do setor elétrico.

A Aneel cobra da Eletrobras uma devolução de cerca de 4 bilhões de reais por entender que as distribuidoras da estatal receberam valores acima do que deveriam dos fundos setoriaispara custear subsídios entre 2009 e 2016. Mas a companhia defende que na verdade teria direito a reembolsos adicionais, ao invés de dívidas com os fundos.

Não foi possível saber de imediato o motivo do adiamento da análise dos casos, que envolvem as subsidiárias da Eletrobras responsáveis pelo fornecimento em Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima.

A Eletrobras, que quer privatizar essas empresas até o final de julho, se comprometeu a assumir os eventuais créditos e débitos das distribuidoras junto aos fundos setoriais para evitar um fracasso do leilão de venda, que ainda não foi agendado.

Em meio às discussões entre a estatal e o regulador, o governo federal editou a Medida Provisória 814/17, que autoriza que parte dos custos que eram cobrados pela Aneel junto à Eletrobras sejam custeados pelos fundos do setor, que são abastecidos com cobranças feitas junto aos consumidores.

A MP, vista como importante para viabilizar a privatização da Eletrobras, está em tramitação no Congresso Nacional. A matéria já foi aprovada em uma Comissão Mista e agora precisa passar pelo Plenário da Câmara e do Senado antes de 1° de junho para não perder a eficácia.

 

 

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