Economia

América Latina tem alta informalidade e baixa produtividade

Informalidade afeta quase metade dos que estão trabalhando, alertou a Organização Internacional do Trabalho nesta sexta-feira, em Buenos Aires


	Trabalhador informal em uma mina peruana: estudo destacou os problemas burocráticos que as empresas da região enfrentam
 (AFP/ Ernesto Benavides)

Trabalhador informal em uma mina peruana: estudo destacou os problemas burocráticos que as empresas da região enfrentam (AFP/ Ernesto Benavides)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 19h49.

Buenos Aires - O setor privado gera 200 milhões de empregos na América Latina, 79% dos postos disponíveis, mas a informalidade afeta quase metade dos que estão trabalhando, alertou a Organização Internacional do Trabalho nesta sexta-feira, em Buenos Aires.

"O setor privado gera 200 milhões na região, através de 59 milhões de unidades produtivas, apesar de a grande maioria dessas unidades, cerca de 48 milhões, serem representadas por empreendimentos individuais", disse a OIT.

Ao apresentar em Buenos Aires o relatório: "O desafio da promoção de empresas sustentáveis", a organização da ONU afirmou que, apesar de uma queda no desemprego na América Latina, 6,4% em média, a informalidade alcança quase metade dos que estão trabalhando e a produtividade é muito baixa.

"A informalidade afeta quase 50% dos ocupados e 40% não têm nenhum tipo de cobertura de proteção social na saúde ou em aposentadorias", disse a secretária da OIT para América Latina e Caribe, Elizabeth Tinoco, durante a apresentação do estudo.


Tinoco alertou que "persistem as desigualdades que desfavorecem as mulheres ou jovens, com taxas de desemprego mais elevadas e menos oportunidade de empregos formais".

A organização pediu aos países da região para abordar os "problemas endêmicos" que inibem o desenvolvimento de "empresas sustentáveis" e citou entre eles "a informalidade e a baixa produtividade no marco dos esforços que são realizados para gerar mais e melhores empregos".

O estudo destacou os problemas burocráticos que as empresas da região enfrentam e citou que o início de um negócio na América Latina e no Caribe "pode demorar 71 dias em média, versus 12 dias nos países com maiores receitas da OCDE" (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos).

"Os procedimentos para pagar impostos podem demorar 497 horas na América Latina e no Caribe, e 186 horas nos países de altas receitas da OCDE", acrescentou.

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