Economia

Agropecuária avança mais que indústria e serviços, diz Focus

Expectativa do mercado financeiro, segundo dados do boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, é de que a atividade registre expansão de 2% no ano


	Agropecuária: desempenho positivo para setor em 2015 era ainda melhor nas previsões feitas um ano atrás
 (Arquivo/Agência Brasil)

Agropecuária: desempenho positivo para setor em 2015 era ainda melhor nas previsões feitas um ano atrás (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 16h01.

Brasília - Apesar dos problemas climáticos e da crise hídrica, a agropecuária será novamente em 2015 a principal força de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB), pelo lado da oferta.

A expectativa do mercado financeiro, segundo dados do boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 2, pelo Banco Central, é de que a atividade registre expansão de 2% no ano contra um avanço de 1,2% em 2014.

O PIB industrial, a despeito de alguma melhora, deve crescer apenas 0,19%, e o de serviços, 0,60%.

Com esse desempenho, a perspectiva dos analistas ouvidos pela pesquisa do BC é de que o PIB do Brasil, no ano, registre alta de 0,03%.

Esse desempenho positivo para a agropecuária em 2015 era ainda melhor nas previsões feitas um ano atrás.

No último dia útil de janeiro de 2014, a expectativa era de um PIB do setor de 3%. Essa projeção para a produção no campo chegou a 3,50%, mas entrou em desaceleração diante da falta de chuva em regiões importantes até atingir uma previsão de 2% na última semana.

Para a indústria e para os serviços, a queda foi ainda mais acentuada.

As expectativas para o PIB de ambos os segmentos chegou a superar a casa dos 2% como projeção de crescimento, mas agora beiram a estabilidade.

Paulo Silveira, economista e analista da TOV Corretora, pondera que, além do quadro de desaceleração econômica, o país vive um cenário de inflação em alta, com o mercado projetando um IPCA de 7,01% em 2015, acima do teto da meta, limite de tolerância definido em 6,5%.

"A falta de chuvas continua pressionando os preços básicos da economia e, por enquanto, não há razão para acreditar que o quadro melhore", observou.

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